Como encarar desafios e transformações profissionais?

Este 2018 marca um momento histórico para o Brasil. Os brasileiros vão eleger, quem sabe em dois turnos, presidente, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. O primeiro turno acontece em 7 de outubro e o segundo turno será em 28 de outubro.
Mas quem será o próximo presidente da República Federativa do Brasil? Acertar essa questão parece ser igual as chances de acertar na loteria federal.
E o que as empresas precisam fazer antes das eleições? Um planejamento de cenários.
Se o vencedor será Joaquim Barbosa, Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia, Marina Silva, Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Alvaro Dias, Ciro Gomes, entre outros, talvez nem os próprios candidatos tenham certeza neste início de outono (20 de março (13h15) a 21 de junho (7h07).
A certeza só irá ocorrer entre o período de 20 de julho até 5 de agosto, quando as convenções partidárias definirem seus candidatos. Hoje existem 35 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral - TSE. Empresas não podem esperar até o final das eleições para tomar decisões estratégicas.
Planejamento de Cenários
Com origem militar, o planejamento de cenários, teve seu avanço a partir da Segunda Guerra Mundial, com Herman Kahn na Rand Corporation. O objetivo foi desenvolver “cenários” sobre conflitos que poderiam ocorrer no futuro.
As ideias de Kahn foram adotadas no fim dos anos 1960 pela equipe da Shell, liderada por Ted Newland e Pierre Wack.
Em 1972, a equipe de planejamento de cenários tinha criado seis cenários, com foco no preço do petróleo e no provável comportamento futuro dos produtores, consumidores e governos. A alta administração da empresa, ao ver esses cenários, percebeu a mudança no mundo, a partir da disparada no preço do petróleo.
No ano seguinte, ou seja, em 1973 que a primeira crise ocorreu, após a formação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo - OPEP no Oriente Médio. E grandes aumentos nos preços do petróleo, ocorreram. Só uma empresa estava preparada para essa situação: Shell e mais nenhuma outra companhia.
O que é
O planejamento de cenários não é uma adivinhação. É a busca de resolução de incertezas admitindo explicitamente a existência de muitos futuros possíveis. Não pressupõe que o mundo será de determinada maneira, ou no caso o Brasil, após as eleições. O que deve ser feito é a identificação de pelo menos cenários prováveis e analisar os pressupostos que fundamentam cada um deles.
Também não é a realização de três cenários: um otimista, um mediano e outro pessimista, para completar três cenários.
Como usar
Empresas como a Shell tem equipes de planejamento de cenários extremamente sofisticadas, com processos de desenvolvimento de cenários que levam meses. Porém, é possível que outras empresas possam fazer um planejamento em menos tempo, mas com alguma metodologia.

Para o desenvolvimento de cenários é fundamental coletar informações sobre o macroambiente, ou seja, fatores demográficos, econômicos, meio-ambiente, tecnológicos, político-legais e socioculturais. E em seguida, realizar a análise sobre as oportunidades e ameaças para o mercado, setor, indústria, não só para a empresa.
Depois, dividir as tendências em duas categorias: fatores predeterminados (fatos que sabemos que vão acontecer, exemplo: o envelhecimento da população brasileira) versus as incertezas (drones serão utilizados como socorro as vítimas do trânsito, o carro sem motorista será aceito).
E a partir dessa coleta de informações, da divisão em duas categorias, elabora-se um relatório escrito sobre cada um dos cenários.
A equipe que irá desenvolver esse trabalho precisa ser multidisciplinar e contar com um profissional externo para equilibrar os pensamentos ou as ideias que já estão presentes na cultura da empresa. As experiências merecem respeito e cuidado, mas não podem ser as bases para elaboração de cenários, uma vez que o futuro não repete o passado, faz algum tempo. 
Fonte:http://www.administradores.com.br/



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