Queda em vagas de trabalho pode ter parado em janeiro, diz Itaú
No cenário traçado pelo banco, os números do Caged de janeiro devem ter
permanecido estáveis, invertendo meses seguidos de destruição de vagas
Em 2016, o Brasil perdeu 1,32 milhão de postos de trabalho sob os
efeitos da forte recessão econômica (Ilustração de Paulo Garcia sobre foto de
Raul Junior/EXAME.com)
São Paulo
– A economia brasileira pode ter parado de destruir vagas formais de emprego em
janeiro deste ano, de acordo com avaliação do economista-chefe do banco Itaú,
Mário Mesquita.
No
cenário traçado pelo banco, os números do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho de janeiro, com ajuste sazonal,
devem ter permanecido estáveis, invertendo meses seguidos de destruição de
vagas formais.
“Essa
projeção de estabilidade só era esperada para meados deste ano”, afirmou
Mesquita.
A
antecipação da melhora do mercado de trabalho, disse o economista, está
relacionada com o crescimento no número de admissões já apontado pelo Caged no
fim do ano passado.
Em 2016,
o Brasil perdeu 1,32 milhão de postos de trabalho sob os efeitos da forte
recessão econômica, e registrou o segundo pior resultado da série histórica
iniciada em 1992 de acordo com o Caged.
A
estabilidade, porém, não deve ser suficiente para reduzir a taxa de desemprego
tão cedo. O banco estima que a taxa medida pela Pnad Contínua do IBGE encerre
este ano em 13,2 por cento, após 12 por cento em dezembro de 2016, caindo em
2018 a 12,9 por cento.
Para o
crescimento econômico, o banco estima avanço de 1 por cento do Produto Interno
Bruto (PIB)em 2017 e de 4 por cento em 2018.
Meta
Na
avaliação de Mesquita, o Conselho Monetário Nacional (CMN) terá uma grande
oportunidade de reduzir o centro da meta de inflação para 2019 no encontro de
junho.
Hoje, o
centro da meta de inflação e de 4,5 por centro, com margem de tolerância de 1,5
ponto percentual.
“Se houver
uma redução do centro da meta, ela será crível porque hoje há um governo
comprometido com políticas fiscais”, disse Mesquita.
A
pesquisa Focus realizada pelo Banco Central junto a uma centena de economistas
aponta que a expectativa já é de que a inflação fique abaixo do centro da meta
este ano, a 4,43 por cento.
Fonte:http://exame.abril.com.br/
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