Dívida pública sobe 0,22% em outubro para R$ 3,4 trilhões
A Dívida Pública Federal – que inclui o
endividamento interno e externo do Brasil – aumentou em R$ 8 bilhões em
outubro. O estoque da dívida subiu 0,22%, passando de R$ 3,430 trilhões, em
setembro, para R$ 3,438 trilhões em outubro, informou hoje (27) a Secretaria do
Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.
Esse crescimento da dívida ocorreu devido aos
gastos com juros no valor de R$ 30,97 bilhões. Por outro lado, em setembro, os
resgates de títulos pelos investidores foram superiores às emissões de títulos,
em R$ 23,33 milhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna
(DPMFi), que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais, ficou
praticamente estável (redução de 0,02%) em R$ 3,311 trilhões.
O estoque da Dívida Pública Federal Externa,
captada do mercado internacional, teve aumento de 6,88%, encerrando o mês
passado em R$ 127,07 bilhões (US$ 38,78 bilhões).
A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer
por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela internet (Tesouro
Direto) ou pela emissão direta. Além disso, pode ocorrer assinatura de
contratos de empréstimo para o Tesouro, tomado de uma instituição ou de um
banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada
região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de
títulos.
De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF),
a dívida pública poderá fechar este ano entre R$ 3,45 trilhões e R$ 3,65
trilhões.
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública,
Leandro Secunho, afirmou que em outubro houve muita volatilidade (fortes
oscilações) no mercado, com as indefinições sobre a reforma da Previdência, mas
a dívida vai encerrar o ano dentro do intervalo do PAF. “Em outubro, houve
baixa liquidez [recursos disponíveis] no mercado doméstico de títulos púbicos.
Houve alguma aversão a risco no mercado externo e alguma apreensão no mercado
interno em função de expectativas da reforma da Previdência e a continuidade
das reformas”, disse Secunho. Ele acrescentou que outubro foi “mais
desafiador”, que setembro, com aumento de taxas de juros.
Em outubro, os maiores detentores da dívida pública
eram os fundos de Previdência (25,37%) . O estoque desse grupo passou de R$
834,76 bilhões para R$ 840,17 bilhões, entre setembro e outubro. Em seguida,
estão as instituições financeiras, com 21,5%, os fundos de investimentos
(25,96%), os investidores estrangeiros (12,78%), o governo (4,69%), seguradoras
(4,03%) e outros (5,66%) .
Fonte:www.noticiasagricolas.com.br
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