4 sinais de que seu combustível acabou
Robert, CEO de uma companhia de serviços de transportes com sede no
Reino Unido, é um executivo bem-sucedido em todos os padrões objetivos de
avaliação. Focado e enérgico, ele era visto pelo conselho, pela sua equipe e
pelos empregados como um líder visionário, carismático e estratégico. Ele
assumiu uma empresa regional e a transformou em uma competidora de nível global
em apenas três anos. Recentemente, ele conduziu uma aquisição crucial que
praticamente dobrou o tamanho da empresa; ele se envolveu ativamente no
processo de integração.
À beira dos 50 anos de idade, com boa saúde e em um momento que deveria
ser de celebração e realização, ele estava cada vez mais incapaz de evitar
sentimentos de vazio, isolamento e solidão. Ele sabia que esses sentimentos não
eram novos, e que já havia lidado com eles no passado buscando mais estímulo e
distração. Enquanto ele estava em ação, esses sentimentos podiam ser
controlados.
Agora, no entanto, essa estratégia parou de funcionar. Ele ainda tem
explosões de energia, mas elas cessam rapidamente e dão lugar a uma profunda
fadiga emocional. Robert passou a temer que suas ferramentas e recursos
perdessem a eficácia, preocupando-se cada vez mais com a inevitabilidade em
enfrentar seu deserto interior.
Robert não é o único a experimentar esses sentimentos. Muitos executivos
com quem trabalhamos caminham à beira do vazio, mesmo quando alcançam novos
picos na carreira. Na verdade, parte do que os conduz, o “motor” que os faz
funcionar, é um foco incessante na ação e nas conquistas que os ajuda a evitar
os sentimentos de vazio e solidão… ao menos durante algum tempo. É uma máquina
poderosa, mas também é limitada e insustentável. Ela nunca levará pessoas como
Robert a atingir seus potenciais como líderes, além de colocá-las sob riscos
reais de descarrilamento pessoal e organizacional.
Em nosso trabalho ao longo de duas décadas treinando centenas de
executivos seniores, observamos que vários deles – um percentual alarmante –
são conduzidos por déficits emocionais significativos: falta-lhes uma conexão
mais profunda com seus trabalhos e suas vidas; eles buscam preencher esse vazio
com ação e afirmação externa. Eles conquistam grandes coisas, mas nunca é
suficiente. Grandes feitos são vividos como se fossem pequenos impulsos que
logo são substituídos por sentimentos como ansiedade e desconexão. Enquanto
esses líderes são vistos como carismáticos e inspiradores à distância, e
certamente são grandes conquistadores, eles não se conectam de fato com as
pessoas, incluindo suas equipes, que trabalham próximas a eles. Talvez,
tragicamente, eles também não se conectem com si próprios e com aqueles que
amam.
Por que há tantos executivos seniores levados por esse tipo de déficit
emocional? No nosso trabalho de coaching, descobrimos que há uma relação com
experiências familiares na infância ou adolescência nas quais eles não se
sentiam “aceitos” – a menos que eles conquistem coisas vistas como valiosas –
e/ou “seguros” – a menos que cada um soubesse tomar conta de si próprio. Na
falta de um sentimento intrínseco de aceitação ou segurança, eles aprenderam
que a única maneira de seguir adiante é fazendo, e não sendo.
Muitos líderes são, estejam eles realizados ou não, levados por
histórias de privação ou até mesmo traumas. É comum que suas experiências
formadoras incluam pobreza, falta de acolhimento emocional na família, pais
ausentes ou divorciados e até cenários mais graves, como abusos físicos ou
emocionais. Frequentemente eles têm irmãos altamente disfuncionais; irmãos e
irmãs com a saúde mental comprometida e/ou com problemas de abuso de
substâncias são comuns. Esses executivos são sobreviventes, ferozmente
determinados a “nunca voltar atrás”. Esse é o motor que os impulsiona.
Pessoas como Robert não são disfuncionais ou depressivas. Ao invés
disso, elas aprenderam a sobreviver sendo hiper-funcionais. Elas buscam
reflexiva e obsessivamente conquistar afirmação externa pelo seus trabalhos.
Elas querem provar aos outros – na verdade, para si mesmas – que não são
meramente medíocres, mas que superam todas as expectativas. Elas são preenchidas
com o que vem de fora, não de dentro. Elas substituem ação por satisfação. Elas
podem conquistar grandes coisas. No entanto, por trás da fachada, encontramos
pessoas que passam por um sofrimento desnecessário e que nunca irão alcançar o
melhor de si como líderes.
Como saber se você está sendo conduzido por um motor que substitui ação
por satisfação? Reflita sobre as seguintes questões:
1. Você se sente
ansioso quando está sozinho ou descansando?
2. Quem você é quando
não está sendo “o líder”?
3. Com que frequência
você se sente desconectado de si mesmo e dos outros?
4. Com que frequência
você experimenta medo e alegria reais?
Líderes como Robert, que teve a coragem de se fazer essas perguntas,
podem aprender a funcionar de maneira diferente, com um tipo de motor mais
sustentável. O potencial para grandes conquistas permanece; na verdade,
torna-se mais sustentável. O receio comum de “vou começar a sentir e viver, vou
perder meu melhor motivador” é dissipado. Eles aprendem que o medo de sentir
emoções não vai torná-los mais fracos. Eles esquecem o medo de serem destruídos
por sua dor interior.
O que é necessário para fazer essa jornada? Como você deixa de ser um
líder com déficit emocional para se tornar um que consegue conquistar grandes
coisas com satisfação e plenitude emocional? Primeiro, você precisa reconhecer
que é hora de olhar para dentro de si e que, ao menos inicialmente, esse olhar
irá colocar você dentro de uma névoa na qual qualquer ferramenta de navegação
será útil. Esse passo corajoso é o mais importante porque demonstra a sua
intenção de mudar.
A partir daí, você deve:
·
Descobrir que os próximos passos não podem ser dados de forma solitária,
que uma ajuda profissional é necessária. Essa ajuda deve vir de alguém cuja
competência esteja além do modelo convencional de coaching executivo.
·
Descansar e refletir, por exemplo, escrevendo em um diário, mesmo que
você não se sinta confortável em princípio.
·
Saber que ao se abrir para sentir a dor da privação que criou o déficit
não irá destruir você, mas é o caminho essencial.
·
Superar o medo de que, ao lidar com o seu déficit, você perderá seu
principal motivador. Você não irá perdê-lo. Na verdade, irá obter um tipo
diferente de combustível.
Uma das crenças mais comuns, porém incorretas, é de que o medo nos bloqueia.
O único obstáculo real para a conexão emocional vem de nós bloquearmos o medo.
Trabalhar com um coach competente, que não tentou ‘consertá-lo’, permitiu a
Robert gradualmente relaxar e sentir diferentes camadas de medo e dor. Em
seguida, ele descobriu, para sua surpresa, uma forte sensação de energia. Além
disso, essa energia possuía uma qualidade diferente da tradicional adrenalina;
ele se sentiu mais conectado e em paz consigo mesmo. Começou a reescrever a
noção de emoções ‘positivas’ e ‘negativas’, aprendendo, com o tempo, a abraçar
toda a riqueza no espectro das suas emoções. Acessar sua tristeza enterrada,
por exemplo, se tornou uma etapa essencial para quebrar o gelo e experimentar
novas capacidades de empatia e conexão.
Após quase um ano de esforços incessantes, Robert emergiu um líder
diferente, conduzido por outro motor, e progredindo numa trajetória muito mais
sustentável de conquistas. Ele parou de fugir da dor, uma das coisas mais
difíceis que já fez, mas também a mais importante na sua vida profissional. Em
suas próprias palavras: “pouco a pouco, tem sido uma jornada de conexão,
primeiro comigo mesmo e depois com os outros. Estou aproveitando meu trabalho e
meu novo senso de propósito de uma maneira completamente nova. Eu escuto melhor
hoje do que jamais escutei, e meus colegas mencionam, em inúmeras ocasiões, que
sentem que estou mais engajado com eles”.
Em última análise, é uma jornada de restauração. No começo das nossas
vidas, muitos de nós aprendem que nosso direito inerente de “ser” – com o
profundo sentimento natural de pertencimento e valor que o acompanha – precisa
ser conquistado com o “fazer”. Nós todos temos nossas próprias versões do
primeiro movimento para longe do nosso “eu”; as diferentes maneiras que temos
para conquistar nosso espaço, aprovação e valor.
As consequências da rigidez militar não são promissoras. Em nossa
experiência, elas levam, na melhor das hipóteses, a uma insatisfação crescente,
e na pior, ao desespero. Nos dois casos, são acompanhadas de uma erosão na
performance profissional. Ninguem pode rodar por muito tempo sem combustível.
Fonte:Robert, CEO de uma companhia de serviços de transportes com sede no
Reino Unido, é um executivo bem-sucedido em todos os padrões objetivos de
avaliação. Focado e enérgico, ele era visto pelo conselho, pela sua equipe e
pelos empregados como um líder visionário, carismático e estratégico. Ele
assumiu uma empresa regional e a transformou em uma competidora de nível global
em apenas três anos. Recentemente, ele conduziu uma aquisição crucial que
praticamente dobrou o tamanho da empresa; ele se envolveu ativamente no
processo de integração.
À beira dos 50 anos de idade, com boa saúde e em um momento que deveria
ser de celebração e realização, ele estava cada vez mais incapaz de evitar
sentimentos de vazio, isolamento e solidão. Ele sabia que esses sentimentos não
eram novos, e que já havia lidado com eles no passado buscando mais estímulo e
distração. Enquanto ele estava em ação, esses sentimentos podiam ser
controlados.
Agora, no entanto, essa estratégia parou de funcionar. Ele ainda tem
explosões de energia, mas elas cessam rapidamente e dão lugar a uma profunda
fadiga emocional. Robert passou a temer que suas ferramentas e recursos
perdessem a eficácia, preocupando-se cada vez mais com a inevitabilidade em
enfrentar seu deserto interior.
Robert não é o único a experimentar esses sentimentos. Muitos executivos
com quem trabalhamos caminham à beira do vazio, mesmo quando alcançam novos
picos na carreira. Na verdade, parte do que os conduz, o “motor” que os faz
funcionar, é um foco incessante na ação e nas conquistas que os ajuda a evitar
os sentimentos de vazio e solidão… ao menos durante algum tempo. É uma máquina
poderosa, mas também é limitada e insustentável. Ela nunca levará pessoas como
Robert a atingir seus potenciais como líderes, além de colocá-las sob riscos
reais de descarrilamento pessoal e organizacional.
Em nosso trabalho ao longo de duas décadas treinando centenas de
executivos seniores, observamos que vários deles – um percentual alarmante –
são conduzidos por déficits emocionais significativos: falta-lhes uma conexão
mais profunda com seus trabalhos e suas vidas; eles buscam preencher esse vazio
com ação e afirmação externa. Eles conquistam grandes coisas, mas nunca é
suficiente. Grandes feitos são vividos como se fossem pequenos impulsos que
logo são substituídos por sentimentos como ansiedade e desconexão. Enquanto
esses líderes são vistos como carismáticos e inspiradores à distância, e
certamente são grandes conquistadores, eles não se conectam de fato com as
pessoas, incluindo suas equipes, que trabalham próximas a eles. Talvez,
tragicamente, eles também não se conectem com si próprios e com aqueles que
amam.
Por que há tantos executivos seniores levados por esse tipo de déficit
emocional? No nosso trabalho de coaching, descobrimos que há uma relação com
experiências familiares na infância ou adolescência nas quais eles não se
sentiam “aceitos” – a menos que eles conquistem coisas vistas como valiosas –
e/ou “seguros” – a menos que cada um soubesse tomar conta de si próprio. Na
falta de um sentimento intrínseco de aceitação ou segurança, eles aprenderam
que a única maneira de seguir adiante é fazendo, e não sendo.
Muitos líderes são, estejam eles realizados ou não, levados por
histórias de privação ou até mesmo traumas. É comum que suas experiências
formadoras incluam pobreza, falta de acolhimento emocional na família, pais
ausentes ou divorciados e até cenários mais graves, como abusos físicos ou
emocionais. Frequentemente eles têm irmãos altamente disfuncionais; irmãos e
irmãs com a saúde mental comprometida e/ou com problemas de abuso de
substâncias são comuns. Esses executivos são sobreviventes, ferozmente
determinados a “nunca voltar atrás”. Esse é o motor que os impulsiona.
Pessoas como Robert não são disfuncionais ou depressivas. Ao invés
disso, elas aprenderam a sobreviver sendo hiper-funcionais. Elas buscam
reflexiva e obsessivamente conquistar afirmação externa pelo seus trabalhos.
Elas querem provar aos outros – na verdade, para si mesmas – que não são
meramente medíocres, mas que superam todas as expectativas. Elas são preenchidas
com o que vem de fora, não de dentro. Elas substituem ação por satisfação. Elas
podem conquistar grandes coisas. No entanto, por trás da fachada, encontramos
pessoas que passam por um sofrimento desnecessário e que nunca irão alcançar o
melhor de si como líderes.
Como saber se você está sendo conduzido por um motor que substitui ação
por satisfação? Reflita sobre as seguintes questões:
1. Você se sente
ansioso quando está sozinho ou descansando?
2. Quem você é quando
não está sendo “o líder”?
3. Com que frequência
você se sente desconectado de si mesmo e dos outros?
4. Com que frequência
você experimenta medo e alegria reais?
Líderes como Robert, que teve a coragem de se fazer essas perguntas,
podem aprender a funcionar de maneira diferente, com um tipo de motor mais
sustentável. O potencial para grandes conquistas permanece; na verdade,
torna-se mais sustentável. O receio comum de “vou começar a sentir e viver, vou
perder meu melhor motivador” é dissipado. Eles aprendem que o medo de sentir
emoções não vai torná-los mais fracos. Eles esquecem o medo de serem destruídos
por sua dor interior.
O que é necessário para fazer essa jornada? Como você deixa de ser um
líder com déficit emocional para se tornar um que consegue conquistar grandes
coisas com satisfação e plenitude emocional? Primeiro, você precisa reconhecer
que é hora de olhar para dentro de si e que, ao menos inicialmente, esse olhar
irá colocar você dentro de uma névoa na qual qualquer ferramenta de navegação
será útil. Esse passo corajoso é o mais importante porque demonstra a sua
intenção de mudar.
A partir daí, você deve:
·
Descobrir que os próximos passos não podem ser dados de forma solitária,
que uma ajuda profissional é necessária. Essa ajuda deve vir de alguém cuja
competência esteja além do modelo convencional de coaching executivo.
·
Descansar e refletir, por exemplo, escrevendo em um diário, mesmo que
você não se sinta confortável em princípio.
·
Saber que ao se abrir para sentir a dor da privação que criou o déficit
não irá destruir você, mas é o caminho essencial.
·
Superar o medo de que, ao lidar com o seu déficit, você perderá seu
principal motivador. Você não irá perdê-lo. Na verdade, irá obter um tipo
diferente de combustível.
Uma das crenças mais comuns, porém incorretas, é de que o medo nos bloqueia.
O único obstáculo real para a conexão emocional vem de nós bloquearmos o medo.
Trabalhar com um coach competente, que não tentou ‘consertá-lo’, permitiu a
Robert gradualmente relaxar e sentir diferentes camadas de medo e dor. Em
seguida, ele descobriu, para sua surpresa, uma forte sensação de energia. Além
disso, essa energia possuía uma qualidade diferente da tradicional adrenalina;
ele se sentiu mais conectado e em paz consigo mesmo. Começou a reescrever a
noção de emoções ‘positivas’ e ‘negativas’, aprendendo, com o tempo, a abraçar
toda a riqueza no espectro das suas emoções. Acessar sua tristeza enterrada,
por exemplo, se tornou uma etapa essencial para quebrar o gelo e experimentar
novas capacidades de empatia e conexão.
Após quase um ano de esforços incessantes, Robert emergiu um líder
diferente, conduzido por outro motor, e progredindo numa trajetória muito mais
sustentável de conquistas. Ele parou de fugir da dor, uma das coisas mais
difíceis que já fez, mas também a mais importante na sua vida profissional. Em
suas próprias palavras: “pouco a pouco, tem sido uma jornada de conexão,
primeiro comigo mesmo e depois com os outros. Estou aproveitando meu trabalho e
meu novo senso de propósito de uma maneira completamente nova. Eu escuto melhor
hoje do que jamais escutei, e meus colegas mencionam, em inúmeras ocasiões, que
sentem que estou mais engajado com eles”.
Em última análise, é uma jornada de restauração. No começo das nossas
vidas, muitos de nós aprendem que nosso direito inerente de “ser” – com o
profundo sentimento natural de pertencimento e valor que o acompanha – precisa
ser conquistado com o “fazer”. Nós todos temos nossas próprias versões do
primeiro movimento para longe do nosso “eu”; as diferentes maneiras que temos
para conquistar nosso espaço, aprovação e valor.
As consequências da rigidez militar não são promissoras. Em nossa
experiência, elas levam, na melhor das hipóteses, a uma insatisfação crescente,
e na pior, ao desespero. Nos dois casos, são acompanhadas de uma erosão na
performance profissional. Ninguem pode rodar por muito tempo sem combustível.
Fonte:http://www.administradores.com.br/
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