Soja: Mercado amplia ganhos em Chicago com demanda e clima; portos testam os R$ 71

Nesta quinta-feira (14), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago vêm ampliando seus ganhos e, por volta de 12h40 (horário de Brasília), as cotações subiam mais de 16 pontos entre as posições mais negociadas. Enquanto os vencimentos mais distantes já buscavam retomar os US$ 10,00 por bushel, o novembro/17 valia US$ 9,77. 
"O mercado parece ter esquecido os números superlativos da produção dos EUA - de 120,6 milhões de toneladas, conforme estimado pelo USDA na última terça-feira (21), e as exportações semanais, divulgadas hoje, também foram positivas", explica o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais.
A demanda tem se mostrado, de fato, bastante firme nestes últimos dias e têm dado importante suporte às cotações em Chicago, as quais vêm recuperando de forma consistente, as baixas das últimas semanas. 
Na semana encerrada em 7 de setembro, a primeira do ano comercial 2017/18 dos EUA, as vendas de soja totalizaram 1.612,4 milhão de toneladas, com a maior parte sendo adquirida pela China. As projeções dos traders, porém, variavam de 1 milhão a 1,3 milhão de toneladas. Os números partem do boletim semanal de vendas para exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 
O total já comprometido pelos EUA da oleaginosa da nova safra chega a 16.993,8 milhões de toneladas, contra pouco mais de 23 milhões do mesmo período do ano comercial anterior. A expectativa do USDA é de que as vendas externas 2017/18 cheguem a 61,24 milhões de toneladas. 
O reporte mostrou ainda que 1 mil toneladas da safra 2018/19 foram vendidas para o Japão na última semana. 
Ao mesmo tempo, o departamento segue trazendo novos anúncios de venda de soja em grão e, nesta quinta, os números foram de 198 mil toneladas da safra 2017/18 para a China. Este é o quarto anúncio da semana e, no total, as vendas americanas já totalizam quase 850 mil toneladas, e seguem confirmando a intensidade da demanda global pela oleaginosa. 
"A China volta a ser mais agressiva em compras, notadamente em razão das adversidades climáticas na América do Sul: excesso de umidade na Argentina e, sobretudo, falta de chuvas no Brasil", complementa Motter.
E essas adversidades climáticas na América do Sul já começam a ganhar mais espaço e peso nas especulações diárias do mercado internacional de grãos. Entre as agências internacionais, a falta de chuva esperada para o Brasil, principalmente em setembro, quando já se inicia o período permitido para o plantio da soja. 
Não diferente do observado há alguns dias, o mercado também segue bastante atento às movimentações no financeiro. E nesta quinta, o destaque se dá, mais uma vez, sobre os futuros do petróleo, que sobem mais de 2% em Nova York. 
Preços no Brasil
Enquanto os preços seguem avançando em Chicago, o dólar ainda recua e, perdendo frente ao real, limita um avanço mais expressivo das cotações da soja no Brasil. Monitorando a cena política nacional, a moeda americana perdia, por volta de 13h10 (horário de Brasília), 0,19% para ser negociada a R$ 3,132. 
"Embora esse risco (segunda denúncia) se coloque como potencialmente alto, a leitura de investidores é mais parcimoniosa, em especial pela noção predominante de que a Câmara deverá barrar a 2ª denúncia, assim como fez na 1ª", comentou a corretora H.Commcor em relatório divulgado por uma nota da Reuters. 
Dessa forma, no porto de Paranaguá, a soja disponível ainda observa suas referências atuando entre R$ 70,00 e R$ 71,00 por saca. 


Fonte:www.noticiasagricolas.com.br

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