Soja: Tendência baixista é forte em Chicago e, agora, só se altera com problemas de clima nos EUA


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O mercado da soja fechou o dia de hoje (24) perdendo mais de 15 pontos na Bolsa de Chicago (CBOT). As cotações trabalharam negativas durante todo o dia, com o contrato maio/17, referência para os negócios no Brasil, fechando a US$9,75/bushel.

De acordo com Ginaldo de Sousa, diretor da Labhoro Corretora, os fundos que estavam comprados acima de 100 mil contratos devem estar, no momento, em torno de 55 mil contratos. Este fator era responsável por segurar os preços de Chicago, já que os outros patamares são baixistas, com perspectivas de boas safra no Brasil e na Argentina - esta última que, segundo o diretor, deve chegar a 57 milhões de toneladas. No Brasil, a média de produtividade não fica abaixo das 55 sacas por hectare.

Logo, os preços vão entrando em uma realidade, com os produtores devendo ganhar mais em rentabilidade do que em preços. Os únicos fatores que poderiam trazer alta para Chicago seriam uma quebra na Argentina, o que se torna cada vez mais difícil, já que a colheita se iniciou no país e um plantio adverso nos Estados Unidos, um fator que começará a ser avaliado apenas entre os meses de maio e junho. Qualquer rally que possa aparecer, no entanto, é temporário.
Os prêmios brasileiros, por sua vez, vêm cedendo, se aproximando cada vez mais dos americanos. A tendência é haver uma normalidade em relação aos preços e deve chegar o momento no qual a China, percebendo o produto brasileiro mais competitivo, irá direcionar suas compras para a América do Sul.
O milho, por sua vez, enfrenta uma situação mais complicada. Para Ginaldo, será necessária a realização de leilões de PEP e Pepro por parte do Governo Federal, como previdência imediata em frente a uma superssafra.
Perspectivas
Nos Estados Unidos, o plantio de milho evolui nos estados ao Sul, enquanto a soja ainda está em espera. A expectativa, porém, é de que a área da oleaginosa aumente de forma substancial - entre 4 a 6 milhões de hectares. No próximo dia 31, será divulgado tanto o relatório de estoques americanos como as primeiras perspectivas para a intenção de plantio.
Caso seja confirmado algum problema climático que afete a safra americana, o mercado em Chicago deve se mostrar volátil, com fundos comprando suas posições.

Por: Carla Mendes e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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