QUALIDADE E MELHORIA CONTINUA

Melhoria Continua  é um processo da empresa que se baseia na inovação incremental e continua, ou ainda são passos a ser estabelecidos para chegar a uma melhoria. A melhoria continua está balizada nos dois pilares do processo: controle e otimização.
Tenha foco no que quer melhorar
Saiba como medir seu desempenho
PadronizaçãoDomine ao menos uma técnica para a melhoria contínua
  1. O que queremos melhorar? (foco)
  1. Como saberemos que a nossa mudança foi uma melhoria? (indicadores, métricas)
  1. Que mudanças podemos fazer que vão gerar melhorias? (ações)”
Seis Sigma e a melhoria contínua

Melhoria contínua e Lean

A primeira coisa a se fazer na busca pela melhoria contínua é entender o que você precisa melhorar. Se a minha empresa faz, por exemplo, batata frita, tenho que entender o que é uma boa batata frita. Se eu, como dono da banquinha de batata frita, fico estudando e fazendo testes sobre como fazer cerveja, dificilmente vou me aperfeiçoar na arte da batata frita e agradar os meus clientes. É preciso saber o que queremos melhorar.
Geralmente, podemos melhorar duas coisas: nossos processos principais ou nossos processos secundários. Processos principais, ou produtivos, são aqueles que estão ligados diretamente com o que fazemos (nosso core business). Por exemplo, fritar a batata frita para deixá-la crocante (e deliciosa) é um processo principal da banquinha de batata. Processos secundários são aqueles que nem sempre estão ligados ao cerne do negócio, mas também são importantes em um cenário geral. Por exemplo, a limpeza do quiosque de batata frita é importante para o cliente.
Agora, você tem que detalhar qual são esses processos que deve melhorar. Uma maneira excelente de se focar a melhoria contínua no que importa é ouvir a voz do cliente. Perguntar a ele o que ele gosta. Se o tempero da batata frita for mais importante do que sua crocância, devemos pensar em melhorar nossos processos de “temperar batata” e não de “fritar a batata”. Saber o que quer o cliente evita a perda de tempo com melhorias não necessárias.
Eu só melhoro o que eu consigo medir. Essa é uma verdade universal em melhoria contínua. Entretanto, nem todos fazem isso da maneira certa.
Você já ouviu alguma vez na sua organização algo como “precisamos melhorar a nossa qualidade”? Certamente essa é uma das frases mais ditas por aí, entretanto ela é assustadoramente inútil. Isso mesmo, inútil. Ela não nos dá noção nenhuma do que precisamos fazer para melhorar, nem nos mostra o quão mal estamos hoje!
É preciso ter uma métrica para definir qualidade. Para se obter sucesso em melhoria contínua, devemos saber onde estamospara onde vamos. Para isso, devemos desdobrar o que é qualidade e definir indicadores para medi-la. Por exemplo: podemos estimar nossa qualidade como o número de refugos produzidos na fábrica. Assim, podemos medir como estamos e estimar aonde queremos chegar.
Note que: reduzir o número de refugos de 10 por semana para 2 por semana é algo que nos ajuda muito mais do que melhorar a qualidade.
Em nosso curso de Gestão de Processos, comentamos muito mais sobre isso.
Como diria um dos precursores do Lean Manufacturing, Taiichi Ohno, “não há melhoria se não há padrão”. Essa é uma sabia frase, apesar de simples.
Pense a seguinte situação: você sempre faz um macarrão com molho vermelho de um jeito diferente. As vezes usa um tomate grande, as vezes tomates pequenos, as vezes coloca 4 pitadas de sal 1 de pimenta, as vezes 4 de pimenta e 1 de sal. Cada hora seu macarrão vai ficar com um gosto diferente! Se um dia ele ficar bom, você não vai conseguir repeti-lo! Agora, se você sempre segue uma receita, pode ir usando a sua criatividade para elaborar uma receita diferente e avaliar se ela ficou melhor. A cada novo passo certo, poderá adotar a nova receita. Seu macarrão estará, então, caminhando para a melhoria contínua.
Agora, em organizações esse problema é mais complicado ainda. Imagine que não é só você que faz o macarrão: existem mais 300 pessoas no seu restaurante fazendo o mesmo macarrão. Como chegar à excelência na receita? Resposta: é impossível!
Por isso, sempre padronize o que está querendo melhorar.
Supomos que: eu tenha que melhorar o refugo de 10 por semana para 2 por semana. Por que o meu refugo é 10 e não 2? Simplesmente por que eu não sei ainda como fazê-lo ser dois (ou menos)! Eu preciso aprender o que devo fazer, especificamente, para reduzir de 10 para 2. E diversas técnicas nos ajudam a descobrir o que é preciso ser feito.
Dentre algumas das mais famosas: O Lean Manufacturingo WCMo Seis Sigma, o Lean Seis Sigma, as Ferramentas da Qualidade, o Controle Estatístico de Processos, o Modelo de Melhoria, etc.
Nós gostamos bastante do Modelo de Melhoria por ele ser simples e básico. Ele diz que para haver melhoria, é preciso haver mudança. Entretanto, mudanças nem sempre resultam e melhoria. Essa frase é bastante simples e profunda. O modelo continua:
Para que possamos bolar mudanças que vão gerar melhoria, precisamos responder 3 perguntas:
Gostou? Discutimos mais sobre o modelo no curso de White Belt!
Obviamente, não podemos escrever um post sobre melhoria contínua sem falar sobre o Lean e sobre o Seis Sigma. Por isso, nas partes a baixo vamos detalhar um pouco mais sobre eles (o que são e quais as suas relações com melhoria contínua).
O Lean é um conjunto de princípios e técnicas para análise e melhoria de processos que surgiu com a ascensão industrial japonesa do pós-guerra. Ele está muito ligado ao TPS: Toyota Production System ou, em português, Sistema Toyota de Produção.
O que tem a ver o Lean com melhoria contínua? Tudo! A filosofia prega que devemos sempre melhorar, através da padronização disciplinada e do aprendizado a longo prazo. Eles chamam a melhoria contínua de kaizen. Temos um curso grátis de Leandisponível, onde explicamos cada um desses princípios, se você for dos mais curiosos (tomara que seja!), pode entrar lá e aprender mais.
Em linhas gerais, o Lean prega que uma organização deve sempre encarar os problemas de maneira aberta. É bom que problemas aconteçam, pois eles são a base para podermos aprender mais como melhorar. Ele também prega que uma empresa deve ser extremamente enxuta e flexível, evitando desperdícios e tendo agilidade na troca de produtos. Ela não deve perder tempo com linhas grandes, tempos de set-up demorados, nem com grandes lotes de produção, e sim manter-se do tamanho da necessidade do cliente.
Em outras palavras: uma empresa Lean faz o que o cliente quer, quando o cliente quer, na quantidade que o cliente quer. E nada mais.
Obviamente, chegar nisso não é rápido nem fácil. É preciso uma série de mudanças culturais abstratas e outras mudanças mais práticas (como a adoção de kanbans e da produção puxada, bem como a utilização de técnicas de SMED).
Diversas ferramentas de melhoria contínua foram desenvolvidas junto com o Lean.
O Seis Sigma é, como o Lean, um conjunto de princípios e técnicas para a implementação da melhoria contínua. A diferença é que ele se vale de diversas técnicas estatísticas de análise de dados para desenvolver as mudanças que vão gerar melhoria.
Embora as bases do Seis Sigma tenham vindo lá de trás (veja aqui a história da melhoria), com os ensinamentos de Deming e de outros gurus da qualidade, ela ficou famosa durante as décadas de 1980 e 1990 com a sua aplicação na Motorola e na GE. De lá pra cá, diversas empresas vem se valendo de suas poderosas ferramentas para melhorar seu desempenho.
Em nossa empresa, oferecemos cursos de Green Belt e de Black Belt, que são certificações para tornar qualquer tipo de profissionais em especialistas nessa metodologia.


Fonte: http://www.fm2s.com.br/melhoria-continua/

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