Padaria com pães e doces sem glúten e lactose abre franquia por R$ 200 mil

O casal Luiz Ferretti, 51, e Erika Suster, 35, abriu a padaria Grão Fino, que vende pães e pratos sem glúten e lactose, em São Paulo, em março deste ano. Diferentemente  de muitos empresários que entram nesse mercado por sofrer de intolerância a uma dessas substâncias, os dois não têm nenhuma restrição alimentar.
"Nós deixamos de comer alimentos com glúten e lactose porque optamos por uma vida mais saudável. Com o tempo, percebemos que havia um potencial de negócio na comercialização de produtos sem essas substâncias, e resolvemos investir", diz Ferretti.
O faturamento mensal, que atingiu R$ 80 mil nos primeiros 30 dias de operação da empresa, chega hoje a R$ 200 mil. Neste mês, a empresa começou a comercializar franquia.

Loja exige investimento de R$ 200 mil

Para abrir uma unidade da marca, o investimento inicial é de R$ 200 mil. O valor inclui taxa de franquia, capital de giro e custo de instalação. O faturamento médio mensal estimado é de R$ 188 mil, com lucro líquido de 26% do valor do faturamento, ou seja, R$ 48,88 mil. O retorno do investimento vem a partir de seis meses. Os dados foram fornecidos pela empresa.
"Abrimos a unidade piloto com o negócio todo estruturado para iniciar a expansão por franquia. Por isso acreditamos que em seis meses de operação já temos maturidade para iniciar a comercialização de unidades."

Entre pães preferidos, estão low carb e multigrãos

Os produtos mais vendidos pela Grão Fino são os pães low carb (com pouco carboidrato, R$ 36 a unidade com 500 g), multigrãos (R$ 24 a unidade com 600 g) e rústico (R$ 21 unidade com 400 g). Por mês, são comercializadas em torno de 600 unidades de cada um.
Entre os pratos que são servidos na hora do almoço, os mais pedidos são o estrogonofe de carne, feito com molho de castanha de caju, e o risoto de limão siciliano. Cada um custa R$ 29. São vendidas 400 unidade de ambos por mês.
Há, ainda, opções de doces como o pudim de leite de coco e fava de baunilha, o bolo brigadeiro com 70% de cacau, feito com leite de amêndoa e farinha de linhaça, e o cheesecake de frutas vermelhas, feito com farinha de arroz, amêndoas, açúcar mascavo e castanha de caju. Todos custam R$ 15 o pedaço.
Ao todo, o cardápio da Grão Fino conta com 60 produtos. A padaria também vende artigos congelados. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h e aos sábados e domingos, das 8h às 18h.
Segundo o empresário, todos os produtos da padaria são funcionais, ou seja, têm menos gordura e açúcar do que os convencionais.

É preciso cuidado com moda passageira

O mercado de alimentação saudável vem crescendo de forma significativa no Brasil, segundo Simone Ribeiro Haduo, consultora do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo). "As pessoas estão consumindo mais alimentos saudáveis e isso vem fazendo esse mercado crescer muito no país."
Haduo afirma que quem consome produtos sem glúten ou lactose são pessoas que querem comer de forma saudável ou porque têm algum tipo de intolerância. Ela diz, no entanto, que há um público que segue a moda e que, portanto, pode ser passageiro. "Cabe ao empreendedor cultivar essas pessoas para torná-las clientes fieis."

Seis meses é pouco para abrir franquia

A consultora diz, também, que o ideal é que uma empresa opere durante dois anos antes de iniciar o processo de expansão por franquia. "Só assim ela poderá entender particularidades que só podem ser observadas acompanhando toda a sazonalidade do negócio."
Haduo afirma, ainda, que é normal nos seis primeiros meses de uma loja o movimento ser grande por causa da curiosidade que ela gera nas pessoas que circulam na região.
"Por isso, é arriscado esperar que o resultado atingido nesse período continue nos meses seguintes. O ideal é, realmente, aguardar o período de maturação para, depois, iniciar a comercialização de franquias.


Fonte:economia.uol.com.br

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