Franquia de churro é nova moda e custa R$ 50 mil; veja cuidados com negócio
Comer churros é uma paixão de infância do economista Alessandro Rico, 43. Por isso, quando decidiu abrir o seu próprio negócio no ramo de alimentação, ele resolveu que venderia a iguaria.
Convidou o amigo, o administrador de empresas Fábio Luiz Neves, 41, para ser seu sócio e fundou a Don Churro em São Paulo, em novembro de 2015. Em maio deste ano, a empresa virou franquia.
Atualmente a rede tem cinco lojas próprias, seis franquias em funcionamento e dez em processo de implantação, todas em São Paulo. Durante os dez primeiros meses de operação, a franquia faturou R$ 2,5 milhões. O lucro não foi revelado.
O analista de mercado Marcus Rizzo diz que churros são a nova moda e é preciso cuidado para não perder dinheiro depois que ela passar.
A expectativa é fechar o ano com 30 unidades, que devem ser abertas em RJ, MG e RS. A previsão é que o faturamento atinja R$ 3,5 milhões.
"Sei que iniciamos a venda de franquia com pouco tempo de operação, mas, até agora, as novas unidades estão atingindo bons resultados. Atribuo isso ao planejamento e estudo de mercado que fizemos e à escolha criteriosa dos pontos e dos nossos franqueados."
O investimento inicial para abrir uma unidade da rede é de R$ 50 mil e inclui taxa de franquia, capital de giro e custo de instalação. O faturamento médio mensal é de R$ 50 mil e o lucro médio mensal é de R$ 10 mil. O retorno do investimento vem a partir do sexto mês de operação. Os dados foram fornecidos pela empresa.
Os churros mais baratos comercializados são o de beijinho, chocolate, goiabada e o tradicional de doce de leite, que é feito com receita própria da rede. Ele também é o mais vendido. Todos custam R$ 7,40.
O mais caro é o espanhol (quatro palitos de massa sem recheio que é servido com um copo de molho que pode ser Nutella, doce de leite e chocolate). Ele sai por R$ 12,80.
As redes que vendem churros em quiosques ou carrinhos são a nova moda do setor de franquias, segundo Marcus Rizzo, diretor da consultoria Rizzo Franchise.
Para ele, assim como ocorreu com as franquias de cupcake, frozen e paleterias, essas redes correm o risco de não sobreviver se o franqueado não estruturar bem o negócio antes de "sair vendendo unidades." "O empresário precisa atuar, no mínimo, dois anos com lojas próprias para entender o negócio e a sua sazonalidade, por exemplo."
Ele cita alguns pontos que devem ser avaliados antes de vender franquia: o produto tem mais saída em dias frios ou quentes? Qual é o sabor que tem mais saída? Ele fica mais próximo do equipamento de montagem? Como organizar a fila em horários de pico? "São detalhes que a gente só consegue observar quando o negócio completa o ciclo de um ano."
Rizzo afirma que um empreendedor que deseja comprar uma franquia na área deve ter alguns cuidados antes de fechar o negócio:
Fonte:http://economia.uol.com.br/
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