Dólar opera em queda e chega a ser cotado abaixo de R$ 3,70

Na quarta, moeda dos EUA fechou de novo no menor patamar de 2016. 
Nas três semanas anteriores, divisa caiu 5,03%.

O dólar opera em queda nesta sexta-feira (4), após a Polícia Federal lançar nova fase da operação Lava Jato que tem como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na véspera, a moeda recuou com força, renovando a menor cotação do ano.
Às 13h16, a moeda norte-americana caía 1,88%, a R$ 3,7305. Veja a cotação do dólar hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 2,86%, a R$ 3,6931.
Às 9h40, queda de 2,64%, a R$ 3,7015.
Às 10h10, queda de 2,24%, a R$ 3,7168.
Às 10h40, queda de 3,3%, a R$ 3,6765.
Às 11h, queda de 2,94%, a R$ 3,6901.
Às 11h29, queda de 2,49%, a R$ 3,7064.
Às 12h10, queda de 1,21%, a R$ 3,7562.
Às 12h37, queda de 1,95%, a R$ 3,7280.


De acordo com a Reuters, a divisa chegou a R$ 3,655 na mínima deste pregão, queda de 3,87%, menor patamar intradia desde 1º de setembro de 2015 (R$ 3,6192).
Se mantiver esse ritmo, o dólar fechará esta semana com a maior queda acumulada desde outubro de 2008. O dólar futuro caía cerca de 2%.
"Parece que o BC quer segurar um pouco a queda do dólar, está muito intensa", disse o gerente de câmbio da corretora BGC, Francisco Carvalho, à agência Reuters.
Bovespa
O principal índice da Bovespa também avançava forte, caminhando para o maior ganho semanal desde 2008, com investidores reagindo à nova fase da operação Lava Jato envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Às 10h54, o principal índice de ações da bolsa subia 3,86%, aos 49.014 pontos.
Cenário político
"(A presidente Dilma Rousseff) já está muito fragilizada e com isso a oposição ganha mais força", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. "Se as manifestações do dia 13 forem grandes, a situação fica muito ruim para ela", acrescentou, referindo-se a protestos planejados a favor do impeachment da presidente.
A operação Lava Jato lançou nesta manhã nova fase da investigação tendo como alvo Lula, contra o qual foram expedidos mandados de condução coercitiva e busca e apreensões, para apurar possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do esquema envolvendo a Petrobras.
Notícias que aumentam a pressão sobre Dilma, alvo de processo de impeachment, vêm sendo bem recebidos pelo mercado, que entende que uma troca no governo pode trazer de volta a confiança e abrir espaço para mudanças na política econômica.
E, agora tendo Lula como alvo direto, a Lava Jato poderia atrapalhar os planos do ex-presidente de concorrer nas eleições de 2018.
Ainda assim, alguns analistas ponderam que as turbulências políticas podem dificultar ainda mais a governabilidade no presente. Além disso, não é certo que a saída da presidente resultaria em um governo mais apto a promover as reformas econômicas dolorosas que muitos acreditam ser a chave para a recuperação brasileira.
"O mercado está apostando em uma retomada da confiança que pode não se concretizar. Há uma certa euforia e acho que algumas pessoas estão indo no embalo, mas tem muita água para rolar ainda", disse o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.
Véspera
Na véspera, o dólar teve queda de 2,19%, a R$ 3,8022 - menor patamar em quase três meses, reagindo à notícia de suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na operação Lava Jato envolvendo a presidente Dilma e Lula.

Na primeira semana de março, o dólar recua 4,88%. Nas três semanas anteriores, caiu 5,03%. Em 2016, a moeda dos EUA acumula queda de 1,19%.
Ação do BC
Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, que equivalem a US$ 10,092 bilhões, com oferta de até 9,6 mil contratos.
fonte:g1.globo

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