RÚSSIA PROÍBE PRODUTOS DE 89 UNIDADES DE CARNES DO BRASIL
O governo russo decidiu barrar a compra de produtos de 89 unidades de processamento de carnes do Brasil, medida que surpreendeu representantes do setor no Brasil e agravou a disputa comercial entre os países envolvendo as carnes. A Rússia embargou a compra de carnes de 23 unidades processadoras do Estado de Mato Grosso, 16 delas produtoras de carne bovina; de 27 do Rio Grande do Sul, das quais 10 produzem carne de frango; e de 39 no Paraná, das quais 16 de carne de frango e 11 de carne suína, disse nesta quinta-feira Alexei Alexeyenko, porta-voz do órgão para segurança alimentar, Rosselkhoznadzor, segundo a agência russa Interfax.
O Ministério da Agricultura brasileiro confirmou o embargo russo e informou que uma equipe técnica está reunida nesta manhã para discutir o assunto. O ministério deve comentar o tema nesta tarde. A notícia do embargo vem pouco mais de 15 dias depois da visita de uma missão brasileira à Rússia, liderada pelo vice-presidente Michel Temer, que visava justamente reverter às restrições às carnes brasileiras e surpreendeu o setor. "Estivemos na Rússia há cerca de 15 dias. Não dava para imaginar esta violência... Em nossa última visita, a reunião foi mais política. Agora, o Ministério da Agricultura tem que voltar para tratar a questão técnica, enviar uma missão técnica para a Rússia e esclarecer a situação", disse Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
Camargo Neto não soube precisar o número de unidades que estavam habilitadas, mas acrescentou que diante da ampliação do embargo aos frigoríficos de carne suína do Brasil, restará apenas uma planta habilitada, que fica em Santa Catarina, para exportar ao mercado russo. Na avaliação do executivo, até 15 de junho, quando entra em vigor o embargo, os embarques devem se acelerar. Camargo Neto ressalva que os embarques neste ano já estavam menores porque eram poucos os frigoríficos habilitados para exportar à Rússia. Ele afirmou que ainda é cedo para falar em redução dos embarques, mas se a missão do Brasil chegar antes desta data e esclarecer a situação, o impacto deverá ser menor. A Rússia foi o principal destino das exportações brasileiras de carne suína em 2010, com 43 por cento, ou cerca de 234 mil toneladas, segundo dados compilados pela Abipecs.
Frangos:
"A notícia do embargo é muito, muito forte e inusitada. Surpreendeu o setor e deixou o ministro (da Agricultura, Wagner Rossi) abismado", afirmou o presidente da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), Francisco Turra. Ele acrescentou que depois da missão brasileira, o aumento da amplitude das restrições russas "é muito estranho e acho até que tem uma conotação política". Segundo o executivo da Ubabef, que conversou com o ministro da Agricultura nesta manhã, Rossi está reunido com a equipe técnica e já contatou a embaixada brasileira no país. "Nossa situação não é tão crítica como no setor de carne suína, mas mesmo assim é muito grave", observou Turra. A Ubabef informou que das 62 plantas industriais de carne de frango habilitadas, 25 foram bloqueadas pelo governo russo.
Em 2010, a Rússia importou 144 mil toneladas de carne de frango, sendo o 9o principal destino no período, segundo a Ubabef.
O Ministério da Agricultura brasileiro confirmou o embargo russo e informou que uma equipe técnica está reunida nesta manhã para discutir o assunto. O ministério deve comentar o tema nesta tarde. A notícia do embargo vem pouco mais de 15 dias depois da visita de uma missão brasileira à Rússia, liderada pelo vice-presidente Michel Temer, que visava justamente reverter às restrições às carnes brasileiras e surpreendeu o setor. "Estivemos na Rússia há cerca de 15 dias. Não dava para imaginar esta violência... Em nossa última visita, a reunião foi mais política. Agora, o Ministério da Agricultura tem que voltar para tratar a questão técnica, enviar uma missão técnica para a Rússia e esclarecer a situação", disse Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
Camargo Neto não soube precisar o número de unidades que estavam habilitadas, mas acrescentou que diante da ampliação do embargo aos frigoríficos de carne suína do Brasil, restará apenas uma planta habilitada, que fica em Santa Catarina, para exportar ao mercado russo. Na avaliação do executivo, até 15 de junho, quando entra em vigor o embargo, os embarques devem se acelerar. Camargo Neto ressalva que os embarques neste ano já estavam menores porque eram poucos os frigoríficos habilitados para exportar à Rússia. Ele afirmou que ainda é cedo para falar em redução dos embarques, mas se a missão do Brasil chegar antes desta data e esclarecer a situação, o impacto deverá ser menor. A Rússia foi o principal destino das exportações brasileiras de carne suína em 2010, com 43 por cento, ou cerca de 234 mil toneladas, segundo dados compilados pela Abipecs.
Frangos:
"A notícia do embargo é muito, muito forte e inusitada. Surpreendeu o setor e deixou o ministro (da Agricultura, Wagner Rossi) abismado", afirmou o presidente da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), Francisco Turra. Ele acrescentou que depois da missão brasileira, o aumento da amplitude das restrições russas "é muito estranho e acho até que tem uma conotação política". Segundo o executivo da Ubabef, que conversou com o ministro da Agricultura nesta manhã, Rossi está reunido com a equipe técnica e já contatou a embaixada brasileira no país. "Nossa situação não é tão crítica como no setor de carne suína, mas mesmo assim é muito grave", observou Turra. A Ubabef informou que das 62 plantas industriais de carne de frango habilitadas, 25 foram bloqueadas pelo governo russo.
Em 2010, a Rússia importou 144 mil toneladas de carne de frango, sendo o 9o principal destino no período, segundo a Ubabef.
Fonte: Reuters Brasil
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