BRASIL VAI ATENDER EXIGÊNCIAS DA RÚSSIA SOBRE CARNES
Apesar de considerar exageradas as exigências da Rússia que levaram à suspensão da compra de carne brasileira, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse ontem que o Brasil vai se preparar para atender esse tipo de demanda e, assim, evitar crises de exportação no setor. O processo de adaptação envolve a realização das vistorias prometidas ao governo russo nas plantas produtivas, tarefa que deve ter início na próxima semana, e o reforço da estrutura de laboratórios.
Por enquanto, para evitar que o bloqueio seja efetivamente aplicado, Rossi destaca que a estratégia será a de negociação. Segundo ele, o vice-presidente, Michel Temer, enviou uma carta ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, pedindo que não seja aplicado de imediato o embargo às compras de carnes brasileiras, previsto para se iniciar em 15 de junho. Segundo Rossi, o ideal seria o cumprimento do cronograma de atividades firmado com autoridades russas em meados de maio, quando Temer esteve em Moscou, em missão realizada para ampliar o comércio entre os dois países. Na ocasião, o Ministério da Agricultura garantiu ao serviço veterinário russo que faria novas auditorias em todas as indústrias de carnes bovina, suína e de aves habilitadas a exportar para a Rússia. "Essa programação está mantida e as vistorias devem começar na próxima semana", disse Rossi. Na impossibilidade de que seja mantido o cronograma acertado anteriormente, a meta é que seja aplicado um "waiver" (perdão), prorrogando por 15 dias o início da vigência do embargo pela Rússia. "Parece que há certo descompasso entre os órgãos do governo russo", declarou Rossi, lembrando do acerto que havia sido firmado em meados de maio. A crise que envolve a venda de carnes para a Rússia está sendo monitorada continuamente pela equipe dos ministérios da Agricultura, Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Além disso, as discussões envolvem também os dirigentes das principais instituições que representam o setor produtivo de carnes, como a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) e a União Brasileira de Avicultura (Ubabef). A primeira reunião com o setor produtivo, destacou o ministro, "não foi uma reunião de flores, mas de responsabilidades".
O ministro da Agricultura lembrou que o Brasil deveria estar preparado para atender as exigências russas, embora ressalvando que os critérios solicitados não são os mesmos usualmente exigidos por outros mercados. "Não adianta criticar o nosso cliente. Antes de discutir sobre a necessidade dos exames solicitados, temos de fazer a lição de casa. Mesmo que sejam pedidos absurdos, são pedidos do nosso cliente", constatou Rossi.
Para garantir que todos os exames solicitados em relação às carnes brasileiras sejam rapidamente realizados, Rossi admitiu que é preciso investir na rede de laboratórios. "Vou levar à presidente Dilma um pedido especial para que tenhamos um processo de atualização e que nossos laboratórios alcancem um patamar novo." O ministro ressaltou que 17% das exportações do agronegócio envolvem o setor de carnes, ao justificar a importância dos investimentos no setor.
Por enquanto, para evitar que o bloqueio seja efetivamente aplicado, Rossi destaca que a estratégia será a de negociação. Segundo ele, o vice-presidente, Michel Temer, enviou uma carta ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, pedindo que não seja aplicado de imediato o embargo às compras de carnes brasileiras, previsto para se iniciar em 15 de junho. Segundo Rossi, o ideal seria o cumprimento do cronograma de atividades firmado com autoridades russas em meados de maio, quando Temer esteve em Moscou, em missão realizada para ampliar o comércio entre os dois países. Na ocasião, o Ministério da Agricultura garantiu ao serviço veterinário russo que faria novas auditorias em todas as indústrias de carnes bovina, suína e de aves habilitadas a exportar para a Rússia. "Essa programação está mantida e as vistorias devem começar na próxima semana", disse Rossi. Na impossibilidade de que seja mantido o cronograma acertado anteriormente, a meta é que seja aplicado um "waiver" (perdão), prorrogando por 15 dias o início da vigência do embargo pela Rússia. "Parece que há certo descompasso entre os órgãos do governo russo", declarou Rossi, lembrando do acerto que havia sido firmado em meados de maio. A crise que envolve a venda de carnes para a Rússia está sendo monitorada continuamente pela equipe dos ministérios da Agricultura, Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Além disso, as discussões envolvem também os dirigentes das principais instituições que representam o setor produtivo de carnes, como a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) e a União Brasileira de Avicultura (Ubabef). A primeira reunião com o setor produtivo, destacou o ministro, "não foi uma reunião de flores, mas de responsabilidades".
O ministro da Agricultura lembrou que o Brasil deveria estar preparado para atender as exigências russas, embora ressalvando que os critérios solicitados não são os mesmos usualmente exigidos por outros mercados. "Não adianta criticar o nosso cliente. Antes de discutir sobre a necessidade dos exames solicitados, temos de fazer a lição de casa. Mesmo que sejam pedidos absurdos, são pedidos do nosso cliente", constatou Rossi.
Para garantir que todos os exames solicitados em relação às carnes brasileiras sejam rapidamente realizados, Rossi admitiu que é preciso investir na rede de laboratórios. "Vou levar à presidente Dilma um pedido especial para que tenhamos um processo de atualização e que nossos laboratórios alcancem um patamar novo." O ministro ressaltou que 17% das exportações do agronegócio envolvem o setor de carnes, ao justificar a importância dos investimentos no setor.
Fonte: Jornal do Comércio
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