
Os
tempos mudaram, mas muitas marcas insistem em preservar um passado que
simplesmente já não existe mais. Aquela soberania intocável de muitas, que eram
amadas e admiradas, hoje estão a um clique da detonação por parte dos clientes.
Isso porque muitas ainda não perceberam que as marcas são como organismos
vivos, que passam por períodos de alta e baixa, mas precisam ser cuidadas o
tempo inteiro, com máxima atenção e cuidado.
A
questão é tão sensível que não se trata apenas de uma vontade espontânea, mas
de uma necessidade, uma obrigação. E a crise tem acentuado isso ainda mais.
Muitas empresas estão enfrentando dificuldades não apenas pela situação
econômica pela qual o país atravessa, mas principalmente por negarem o quanto
as coisas se transformaram. Um bom trabalho de marca tornou-se crucial para
qualquer empresa. Se você se encontra no departamento de marketing, comunicação
ou trade, esse artigo irá resgatar em você o que realmente importa e lhe
ajudará a não cometer erros primários em gestão de branding. Veja abaixo os
mais comuns e que vem sendo cometidos inclusive por aquelas marcas muito
poderosas.
- Não
se conheça: As empresas hoje são vistas como pessoas. Elas tem uma
personalidade. Não é por acaso que os departamentos de marketing tem se
debruçado para construir as chamadas personas de marca, se fazendo a seguinte
pergunta: se essa marca fosse uma pessoa, quem ela seria? A comunicação deve
ser construída a partir dessa resposta, evitando inconsistências. A marca
precisa se comportar de acordo com os seus predicados.
- Não
conheça o seu cliente: Aquela resposta padrão de que “todo mundo pode ser nosso
cliente” é o primeiro passo para o abismo. Marca séria precisa identificar e
conhecer o seu cliente. Ele não é percebido como “qualquer um”. Cliente precisa
ser ouvido com atenção, afinal é ele quem costuma oferecer informações
preciosas, críticas construtivas e feedbacks importantes para o direcionamento
das marcas. Ter humildade para aceitar e principalmente força de vontade para
melhorar, é fundamental.
- Haja
de dentro para fora: Muitas marcas insistem em trabalhar isoladas, baseando-se
apenas em feeling e experiência. A arrogância pode ser um erro crucial. A marca
precisa equalizar o que ela é e o que o cliente acredita que ela seja. Nem
sempre o que a gente vende é o que o cliente quer comprar. Quando as decisões
estratégicas acontecem de cima para baixo, a assertividade é drasticamente
reduzida. É preciso entender que uma marca é construída no dia a dia, com a
participação e envolvimento tanto de quem está dentro quanto de quem está fora.
-
Abandone ou não tenha um DNA: Marcas que vivem de oportunidades e brechas do
mercado dificilmente resistirão aos novos tempos. A crise e a concorrência
acentuada preocupam e podem fazer com que elas tomem atitudes inesperadas. No
entanto, isso não pode servir de desculpas para desvios de sua identidade. O
caráter de uma marca, assim como de uma pessoa, deve ser intocável, mesmo diante
de situações desafiadoras. A criatividade é a melhor arma contra dias
difíceis.
- Não
monitore e não nutra seus clientes: Os clientes hoje não querem apenas consumir
um produto ou serviço. Eles querem interagir com as marcas. Sendo assim,
aquelas que não se preocupam em ser parceiras, fornecendo conteúdo de qualidade
e relevante, capaz de gerar engajamento, certamente serão bastante
prejudicadas. A mesma regra vale para acompanhar o que eles pensam e dizem
sobre a marca. Hoje, há várias ferramentas que fazem uma varredura completa e
instantânea de tudo o que está sendo dito sobre uma marca nas redes sociais. Se
a empresa for sempre a última a saber o que acontece, não terá tempo de agir
adequadamente.
- Isole
o marketing dos outros departamentos: Em muitas empresas, o departamento de
marketing parece morar num reino de fantasias, isolado e distante da realidade.
Ali os “criativos” são estimulados a usar o melhores adjetivos possíveis para
determinados produtos ou serviços, sem muitas vezes se certificar da realidade.
Ele esse isolamento também afasta a personalidade da marca de sua real cultura,
levando para fora algo totalmente dissonante do que é visto e sentido por quem
está dentro. O DNA de uma marca é formado de dentro para fora, tendo
consistência e principalmente veracidade.
- Não
planeje o futuro: Deixar o barco correr à deriva da sorte é outra atitude
fundamental para quem deseja destruir uma marca. Viver de oportunidades
isoladas pode até parecer vantajoso no curto prazo, mas certamente não é algo
que se sustente com o tempo. É preciso entender que, assim como as pessoas, as
marcas amadurecem, evoluem. Ela precisa acompanhar os novos comportamentos da
sociedade e de seus clientes. É necessário expor suas causas e valores para que
todos tenham conhecimento e confiem nela. Um relacionamento baseado em
afinidade e empatia tende a ser muito mais natural e fluído.
Por
fim, se você não deseja destruir sua marca, tenha muita atenção a todos os
pontos observados e comece agora mesmo a mudar o que não está bom. Entenda que
os clientes tendem a ser muito mais complacentes com quem demonstra esforço
constante para melhorar do que contra os que insistem em uma soberania absoluta
e descabida. Como organismos vivos, as marcas acertam e também erram, mas a sua
beleza está justamente em como elas se desafiam e superam seus obstáculos.
Fonte:http://www.administradores.com.br/
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