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Águas frias do Pacífico indicam La Niña, diz meteorologista do Inmet

O professor Expedito Rebello, meteorologista do Inmet, traz um alerta importante para os produtores que estão se preparando para a próxima safra: há uma possibilidade de ocorrer o retorno do La Niña.
Por enquanto, a presença do fenômeno é apenas uma projeção baseada na existência de águas mais frias no Oceano Pacífico, próximo ao Peru e ao Equador. Entretanto, quem define essa presença são as correntes de vento, que podem sofrer alterações daqui em diante.
O La Niña é um fenômeno bastante temido, uma vez que ele corta as chuvas do Sudeste e do Sul do país. Em suas últimas ocorrências, ele trouxe vários transtornos para a produção agrícola.
De acordo com os modelos de Rebello, as chuvas devem voltar ao Sul e ao Sudeste somente no final de outubro, com uma melhora mais expressiva no quadro em novembro. Isso gera um dilema para aqueles produtores que desejam plantar mais cedo, como no estado do Paraná, cujo plantio estará liberado a partir de 10 de setembro, ou para aqueles que desejam fugir da ferrugem asiática. O Paraguai e o norte da Argentina também devem sofrer essa influência.
Mesmo que a certeza de ocorrência do fenômeno ainda não seja de 100%, as chuvas não devem se fazer presentes nestes locais a partir de setembro. Há uma configuração típica de irregularidade das chuvas em seis modelos apresentados pelo meteorologista.
Em janeiro, o Centro-Oeste deve receber chuvas em grande volume, enquanto o Sul e o Sudeste poderá contar com a presença de veranicos. A condição seria favorável para a região do Matopiba, que vem sofrendo com os efeitos climáticos - neste ano, a região terá um padrão de chuvas favorável.

As projeções indicam chuvas apenas para a parte da Argentina abaixo do Uruguai. A maior parte do Brasil deve sofrer com a seca nos próximos 15 dias, o que deve perdurar em todo o mês de setembro. Para outubro, as chuvas ainda serão rarefeitas, com grande irregularidade. Em novembro, as chuvas voltam para o Sul do país, Centro-Oeste e Matopiba, permitindo um plantio tardio.
O conselho aos produtores é que um planejamento minucioso seja feito para evitar problemas como os ocorridos nos anos de 2005, 2009 e 2012, que sofreram a influência do La Niña.


Fonte:www.noticiasagricolas.com.br

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