Pular para o conteúdo principal

Como o Brasil pode avançar no atendimento ao cliente?




Não é segredo que o atendimento ao cliente no Brasil precisa avançar. Principalmente quando estamos falando sobre o tempo de espera que o cliente enfrenta até ser atendido. Apesar de uma queda de 57% na média, entre 2015 e 2016, o tempo de espera ainda é o fator que gera a principal reclamação do brasileiro, uma vez que cerca de 80% dos consumidores demonstram algum nível de insatisfação com o fato.
A qualidade do atendimento ao cliente tem avançado ao longo dos últimos anos, mas ainda não consegue acompanhar com plenitude às expectativas. Isso acontece porque hoje temos um novo tipo de consumidor - atual, super conectado e, consequentemente, muito exigente e ansioso. Ele quer soluções rápidas, respostas diretas e o mesmo nível de serviço em todos os canais de comunicação ao seu alcance. Para conseguir atender essa demanda, as empresas precisam estar preparadas para todo perfil de cliente e atuar com excelência em todos os seus canais.
Mas como?
Se a espera é a principal crítica ao setor, o primeiro passo deve ser sanar o problema. Uma opção que pode aprimorar sensivelmente esse ponto é o retorno de chamada, que dispensa a necessidade do cliente permanecer esperando o atendimento na linha - a empresa liga para ele quando chegar sua vez na fila. A prática já é muito comum nos Estados Unidos, resultando em uma queda de até 32% no número de ligações encerradas antes da solução do problema. Além disso, os clientes que não precisam esperar na linha costumam estar mais tranquilos, o que gera um diálogo melhor com o atendente e uma percepção mais positiva sobre todo o processo.
Outra estratégia muito interessante para a redução no tempo de espera é oferecer alternativas sólidas de autoatendimento. O uso de inteligência artificial e machine learning permite que as questões mais simples e comuns da rotina de uma empresa possam ser respondidas sem a necessidade de envolver um agente, o que irá melhorar todo o relacionamento entre companhias e consumidores, por oferecer um conteúdo que permita ao próprio cliente resolver seus problemas, de forma mais rápida e direta, deixando os atendentes focados nas questões mais complexas, que realmente demandam sua atenção e expertise.
Tendo a espera minimizada, o próximo passo será humanizar o atendimento. Cabe à empresa entender o consumidor e preparar os profissionais para lidar com cada situação de uma maneira singular. Em um atendimento direto por telefone, chat, uma troca de e-mails ou interação em mídias sociais, não há nada de errado em usar um tom bem humorado, leve, caso haja abertura para isso. Por outro lado, um cliente mais irritado deve ter sua demanda respondida da forma mais rápida e direta possível.
As empresas precisam, ainda, de uma comunicação eficiente em todos os seus canais. E se o mundo conectado resultou em um consumidor mais exigente, ele também trouxe as soluções para lidar com ele. O uso de plataformas que integram os diferentes canais de comunicação de uma empresa é certamente um diferencial para que a companhia seja capaz de manter a excelência em todas as formas de contato com o consumidor.
O cliente de hoje é imediatista, bem informado e procura sempre uma posição de protagonismo. Ele não quer mais apenas consumir produtos e serviços, mas se sentir um membro importante das operações da empresa. As companhias precisam posicionar o consumidor como centro de sua operação. É ele quem deve sempre ser o foco da conversa, o protagonista da interação. À empresa cabe apresentar soluções rápidas, por meio de uma comunicação simples, direta e, acima de tudo, honesta. Essa é a única forma de criar uma relação de confiança entre empresa e consumidor, que ainda é a melhor ferramenta de fidelização existente no mercado.
Tatiana Piloto — Diretora de Vendas da Zendesk e falará mais sobre este e outros temas, ligados ao relacionamento com o cliente, na Zendesk Presents: São Paulo, conferência com os maiores nomes do mercado, que acontece no Hotel Unique, de 8h às 18h, do próximo dia 8 de junho.

Fonte:http://www.administradores.com.br/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trabalhar com o que ama ou com o que dá dinheiro?

Habitualmente, a resposta é a própria pergunta. Trabalhe com o que ama, usufruindo de suas vocações e o dinheiro será a consequência. Se você ama sua carreira, já tem metade do que precisa profissionalmente. E considerar: talento, vocação, propósitos e valores; capacitar-se; ter equilíbrio emocional; encontrar oportunidades, estar pronto para assumi-las e as valorizar: mais 50%. É um todo matemático que torna grande a probabilidade de dar certo (alcançar lucros e rentabilidade). Porém sabemos que não é fácil. E ao falarmos de partes, metades e conjuntos, devemos somar, subtrair e pesar certos pontos. Precisamos pensar além do "habitual". Sonhos e decepções Desde criança somos condicionados a imaginar "o que queremos ser quando crescer". Os anos passam. Nos descobrimos, somos contagiados por experiências, vivências e contaminados bombardeadamente por responsabilidades. Tão explosivas às vezes, que acabamos adiando, atrasando e até mesmo, perdendo nossos sonhos ...

BC vê inflação menor em 2017 e cenário de corte mais intenso na Selic

O Banco Central passou a ver inflação menor em 2017, ainda mais abaixo do centro da meta oficial, e também deixou claro que vai fazer uma "intensificação moderada" no ritmo de corte dos juros básicos diante da desinflação mais difundida. "A consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom", informou BC nesta quinta-feira ao publicar seu Relatório Trimestral de Inflação. Desde que iniciou o ciclo de afrouxamento, em outubro do ano passado, o BC já reduziu a Selic em 2 pontos percentuais, aos atuais 12,25 por cento ao ano. Foram dois cortes iniciais de 0,25 ponto e depois dois de 0,75 ponto. "Essa 'intensificação moderada' sinaliza que ele (BC) provavelmente está pensando num c...

Saiba a diferença entre corretoras de investimentos e bancos

Quando pensamos em começar a investir, as primeiras dúvidas que surgem são:  Como faço isso? Qual o melhor caminho? Converso com a gerente do meu banco ou procuro uma corretora? Respondendo a primeira pergunta, para começar a investir, é preciso contar com ajuda de um intermediário, que nada mais é do que alguém que pegue o dinheiro e coloque nos investimentos escolhidos. Quem pode fazer isto é o próprio banco, ao qual já é correntista, ou as corretoras. Uma corretora de investimentos nada mais é do uma ferramenta que vai apresentar mais alternativas porque possuem habilidades necessárias para identificar e buscar no mercado financeiro as melhores opções. Depois de apresentá-las ao interessado, aplicam a quantia em um fundo escolhido. Essas consultorias funcionam basicamente da mesma forma que os bancos, respeitam as mesmas regras, mas oferecem apenas produtos de investimentos, ou seja, não oferecem conta corrente, produtos de crédito, financiamento e etc. Começar a ...