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Com redução na soja em boas condições nos EUA, Chicago opera em alta nesta 3ª feira

Com o índice de condições de lavouras de soja em boas ou excelentes menor do que o esperado nos EUA, os futuros da oleaginosa trabalham em alta na Bolsa de Chicago. Por volta de 8h (horário de Brasília), as cotações subiam pouco mais de 7 pontos, com o julho/17 já de volta aos US$ 9,14 e o novembro/17, referência para a safra americana, em US$ 9,21 por bushel.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no final da tarde de ontem, trouxe uma baixa de 1 ponto percentual na faixa de lavouras em boa forma para 66%. As projeções do mercado, porém, eram de algo entre 67% e 68%. São ainda 26% das plantações em situação regular e 8% em condições ruins ou muito ruins. O milho foi mantido em 67%, e o trigo de primavera caiu para 40%.
Ainda sobre a soja, o reporte trouxe o índice de 9% das lavouras em fase de florescimento, com 94% na fase de emergência. A média para ambas as fases é de, respectivamente, 7% e 91%.
"Os dados deram algum suporte ao mercado". diz a Benson Quinn Commodities, em seu comentário diário reportado pelo portal britânico Agrimoney. "Não podemos falar, porém, em uma correção muito forte, acreditamos em algo entre US$ 0,20 e US$ 0,25 por bushel", completa.
Paralelamente, os traders se ajustam ainda para os nos boletins do dia 30 - de estoques trimestrais e área de plantio da safra 2017/18 - e também para o da próxima quinta (29), com a atualização das vendas semanais para exportação, as quais já passam de 59 milhões de toneladas.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira (26):
Soja em Chicago se ajusta, busca recuperação e fecha com leves altas; no Brasil, 2ª de baixas

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a primeira sessão desta semana em campo positivo e com altas ainda tímidas. Em um movimento de correção técnica, as cotações trabalharam durante todo o dia em campo positivo e terminaram os negócios subindo pouco mais de 2 pontos entre as posições mais negociadas.
O mercado internacional deu início à semana já se preparando para importantes relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chegam nos próximos dias e podem exercer uma influência expressiva sobre o andamento das cotações, principalmente neste momento de pico do mercado climático e de foco no desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos.
Assim, o vencimento julho/17 fechou o dia com US$ 9,06 por bushel, enquanto o novembro/17, referência para a safra americana, foi a US$ 9,13.

Mercado Brasileiro
A semana, para o mercado brasileiro, começou ainda com preços pressionados. O dólar nesta segunda-feira, afinal, cedeu mais de 1% frente ao real e limitou o avanço das referências no Brasil. A divisa encerrou o dia valendo R$ 3,3015, após bater em R$ 3,2968 na mínima do dia.
Assim, os indicativos nas principais praças de comercialização recuaram entre 0,34% e até 3,17% nesta segunda-feira, como foi o caso de Primavera do Leste, em Mato Grosso, que fechou o dia com R$ 55,00 por saca.
No porto de Paranaguá, a soja fechou com estabilidade no disponível em R$ 68,50 por saca, e nos R$ 72,00 para a safra nova. Já em Rio Grande, a oleaginosa perdeu 1,17% para encerrar em R$ 67,70 no disponível, mas subiu 1,39% para R$ 73,00 na referência junho/18.

Clima e Safra dos EUA
Nesta segunda-feira, após o fechamento do mercado - às 17h - chega o novo boletim de acompanhamento de safras do departamento norte-americano e esta sessão já contou com a especulação ao redor dos novos números.
Para esse reporte, os traders esperam uma melhora de 1% a 2% no índice de lavouras de milho em boas ou excelentes condições, contra os 67% da semana anterior, e uma melhora para próximo de 70% no caso da soja. Já para o trigo, se espera uma nova baixa de 1 a 2 pontos percentuais em relação aos últimos 42% da seguna-feira passada (19).
No último final de semana, boa parte do Meio-Oeste americano recebeu algumas chuvas em partes importantes e que esperavam por essas precipitações.
"As chuvas nesse final de semana caíram conforme previsões de sexta feira. Choveu nos estados do Sul, Delta, Sul do Missouri leste de Illinois, indiana e Ohio. As chuvas foram leves e moderadas, mas as temperaturas máximas variaram entre 22 e 27 graus. Os estados de Iowa, Nebraska, as Dakotas e minnesota não receberam chuvas, mas foram auxiliadas pelas temperaturas mais baixas", informa o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa.
Entretanto, Sousa volta a destacar a divergência entre os modelos climáticos norte-americanos - o americano e o europeu. "Eles estão em sintonia apenas com as temperaturas que devem continuar ligeiramente abaixo do normal até os dias 4 e 5 de junho".
O diretor da Labhoro lembra ainda que esse é um momento de intensa especulação por parte dos fundos - que fica ainda mais forte com essa divergência dos modelos de clima - e será necessário continuar acompanhando as previsões climáticas que, de determinadas instituições - são atualizadas mais de uma vez.
Os mapas do NOAA, o serviço oficial de clima dos Estados Unidos, mostram que, nos próximos 7 dias, as chuvas seguem ainda presentes em quase todo o Corn Belt, favorecendo o desenvolvimento das lavouras norte-americanas. Há estados podendo receber até 101 mm no acumulado.
No período dos próximos 6 a 10 dias, essas chuvas se mostram ligeiramente mais modestas e pegando uma faixa menor do Meio-Oeste americano. No mesmo intervalo, as temperaturas devem ficar acima da média para o período em todo o país, como ilustram os mapas a seguir. E previsões mais alongadas indicam ainda, para a segunda semana de julho, chuvas acima da média.

Embarques Semanais e Demanda
Também nesta segunda-feira, o USDA trouxe ao mercado a atualização sobre os embarques norte-americanos de grãos e os números da soja ficaram dentro do esperado. Na semana encerrada em 22 de junho, os EUA embarcaram 315,099 mil toneladas da oleaginosa, enquanto o esperado pelos traders variava de 190 mil a 380 mil toneladas.
O volume é maior do que o registrado na semana passada e eleva o total acumulado a 52.217,718 milhões de toneladas embarcadas na temporada, enquanto o USDA estimada as exportações totais 2016/17 em 55,79 milhões. No mesmo período do ano comercial anterior, os embarques somavam pouco mais de 44 milhões de toneladas.
Além disso, o departamento informou ainda uma nova venda de soja em grãos da safra 2016/17 para Bangladesh nesta segunda-feira de 110 mil toneladas, o que também acabou atuando como um fator positivo para as cotações, além de confirmarem a boa demanda que ainda se mantém, em partes, nos EUA.
E nos últimos dias, como relata o analista de mercado Miguel Biegai, da OTCex Group, já há o registro de uma ligeira melhora dos prêmios nos Estados Unidos, o que também confirma essa consistência da demanda. "Notamos uma elevação dos prêmios nos EUA com o comprador notando que se ele não melhorar os prêmios, ele não consegue originar", diz.

Área e Estoques Trimestrais
Também pelo USDA, na sexta-feira (30) dois relatórios bem esperados pelo mercado: o de estoques trimetrais e o de área plantada nos EUA. As expectativas indicam um aumento para a soja e um recuo no milho em acres plantados nos EUA na safra 2017/18 se comparados aos números divulgados em março.


Fonte:http://www.portaldoagronegocio.com.br/

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