Pular para o conteúdo principal

Em 5 anos, ela foi de estagiária na cozinha a dona do restaurante

Em apenas cinco anos, a chef de cozinha Tássia Magalhães, 27, foi de estagiária de cozinha a dona do restaurante em que começou a carreira. Ela comanda a cozinha e a administração do Pomodori, de gastronomia italiana, em São Paulo, ao lado do marido, que é seu sócio.
Além do salto na própria carreira, ela também fez a empresa crescer. Segundo Magalhães, quando adquiriu o restaurante, em 2013, o faturamento médio mensal era de R$ 200 mil. Hoje, é de R$ 600 mil.
O crescimento aconteceu aos poucos, diz ela, primeiro com a reformulação gradativa do cardápio, com inspirações de restaurantes internacionais, e com a reforma do espaço, em 2015, que ganhou uma área de padaria e confeitaria.
Na carreira, o crescimento, apesar de rápido, também foi gradativo. Magalhães começou como estagiária de cozinha em 2009, aos 19 anos, função em que literalmente colocava a mão na massa. Um ano depois, viajou para a Europa para se aprimorar. Fez cursos e estágios em restaurantes na Itália, na França e na Dinamarca.

Virou chef e, três meses depois, dona

Em 2011, voltou para o Brasil e para o Pomodori, a convite do então chef Jefferson Rueda. No mesmo ano, virou subchefe de Diogo Silveira, após a saída de Rueda. Em 2013, assumiu o posto de chef. Três meses depois, a dona do restaurante o ofereceu a Tássia Magalhães.
"Ela já estava havia dez anos no Pomodori, estava cansada, e me viu como alguém que cuidaria bem do restaurante. Com a saída do Jefferson Rueda, a casa perdeu público e eu acreditei em mim para reerguê-la. Fui reformulando o cardápio aos poucos", diz.
Ela e o marido, que também é empresário, com negócios de agência de publicidade, gráfica e construção, juntaram as economias e adquiriram o restaurante por R$ 2 milhões. Com a aceitação do novo cardápio pelo público e pela crítica, foi a vez de reformar o espaço, com investimento de R$ 1,5 milhão.
"Achei que era hora de deixar o Pomodori com a minha cara. Até pensei em mudar o nome, mas é um nome forte, que faz parte da gastronomia de São Paulo", diz. O restaurante foi inaugurado em 2003 e tem as massas como carro-chefe.
Agora, ela pretende começar a graduação em administração em 2017 para se aprimorar na gestão do negócio.

Começar de baixo ajuda a preparar o empresário

Para o professor de estratégia de negócios da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Alberto Ajzental, conhecer o setor e o negócio em que se atua faz toda a diferença. "Ela comprou uma empresa que ela já conhecia de dentro para fora. Ela sabia das fraquezas e das oportunidades que podia ter, o que ajuda na hora de reinventar o negócio."
Ele diz que, em época de desemprego, é comum pessoas investirem em áreas que desconhecem para virar empreendedores, o que aumenta o risco.
Percorrer todo o caminho, começando de baixo, como fez Magalhães, também ajuda a se preparar para assumir desafios maiores. "Ela começou na cozinha, se aprimorou na Europa, teve experiências variadas dentro e fora do restaurante até estar pronta para virar dona. Esse processo é importante para conhecer o negócio em profundidade."
Começar as mudanças no restaurante pelo cardápio e depois partir para o espaço físico foi outro acerto, segundo o professor. "Primeiro ela cuidou do produto, pois não adianta promover algo que não é bom para os clientes. Depois de testar e validar essas mudanças, ela investiu em outras, fez o caminho certo."

Fonte:http://economia.uol.com.br/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trabalhar com o que ama ou com o que dá dinheiro?

Habitualmente, a resposta é a própria pergunta. Trabalhe com o que ama, usufruindo de suas vocações e o dinheiro será a consequência. Se você ama sua carreira, já tem metade do que precisa profissionalmente. E considerar: talento, vocação, propósitos e valores; capacitar-se; ter equilíbrio emocional; encontrar oportunidades, estar pronto para assumi-las e as valorizar: mais 50%. É um todo matemático que torna grande a probabilidade de dar certo (alcançar lucros e rentabilidade). Porém sabemos que não é fácil. E ao falarmos de partes, metades e conjuntos, devemos somar, subtrair e pesar certos pontos. Precisamos pensar além do "habitual". Sonhos e decepções Desde criança somos condicionados a imaginar "o que queremos ser quando crescer". Os anos passam. Nos descobrimos, somos contagiados por experiências, vivências e contaminados bombardeadamente por responsabilidades. Tão explosivas às vezes, que acabamos adiando, atrasando e até mesmo, perdendo nossos sonhos ...

BC vê inflação menor em 2017 e cenário de corte mais intenso na Selic

O Banco Central passou a ver inflação menor em 2017, ainda mais abaixo do centro da meta oficial, e também deixou claro que vai fazer uma "intensificação moderada" no ritmo de corte dos juros básicos diante da desinflação mais difundida. "A consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom", informou BC nesta quinta-feira ao publicar seu Relatório Trimestral de Inflação. Desde que iniciou o ciclo de afrouxamento, em outubro do ano passado, o BC já reduziu a Selic em 2 pontos percentuais, aos atuais 12,25 por cento ao ano. Foram dois cortes iniciais de 0,25 ponto e depois dois de 0,75 ponto. "Essa 'intensificação moderada' sinaliza que ele (BC) provavelmente está pensando num c...

Saiba a diferença entre corretoras de investimentos e bancos

Quando pensamos em começar a investir, as primeiras dúvidas que surgem são:  Como faço isso? Qual o melhor caminho? Converso com a gerente do meu banco ou procuro uma corretora? Respondendo a primeira pergunta, para começar a investir, é preciso contar com ajuda de um intermediário, que nada mais é do que alguém que pegue o dinheiro e coloque nos investimentos escolhidos. Quem pode fazer isto é o próprio banco, ao qual já é correntista, ou as corretoras. Uma corretora de investimentos nada mais é do uma ferramenta que vai apresentar mais alternativas porque possuem habilidades necessárias para identificar e buscar no mercado financeiro as melhores opções. Depois de apresentá-las ao interessado, aplicam a quantia em um fundo escolhido. Essas consultorias funcionam basicamente da mesma forma que os bancos, respeitam as mesmas regras, mas oferecem apenas produtos de investimentos, ou seja, não oferecem conta corrente, produtos de crédito, financiamento e etc. Começar a ...