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Crise faz procura por antecipação do IR aumentar até 81%; vale contratar?

A crise, o desemprego e a dificuldade para conseguir empréstimo fizeram aumentar a procura pela antecipação da restituição do Imposto de Renda.  
O Itaú Unibanco registrou um salto de 81% no total emprestado de 1º de março até o fim de maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. No Bradesco, a procura por essa linha aumentou 30% em relação a 2015.
O Banco do Brasil estima um crescimento de 6% em relação ao ano passado, a Caixa Econômica Federal informa que deve manter o mesmo nível de 2015 e o Santander não divulga sua estimativa. Os dados foram informados pelas assessorias de imprensa dos bancos. 
Mais endividadas, as pessoas estão procurando todas as formas de levantar dinheiro.
Como funciona a antecipação do IR?
Qual é o risco?
Quando vale a pena?
É só para quem está enforcado, uma coisa de urgência, não é algo que a pessoa deva fazer de forma trivial.As pessoas acham que taxa de 3% ao mês é pequena, mas compare com o retorno de um investimento para ver quão cara é.

Veja as condições de antecipação do IR nos principais bancos:

  • Taxa de juros: a partir de 2,25% ao mês
  • Limite financiado: até 100% do valor a restituir, limitado a R$ 20 mil
  • Data limite para contratação: 30/9
  • Taxa de juros: a partir de 2,31% ao mês
  • Limite financiado: até 80% do valor da restituição, limitado a R$ 20 mil, para clientes que não recebem salário com crédito em conta no banco; até 100% da restituição, limitado a R$ 20 mil, para clientes que recebem salário com crédito em conta no banco
  • Data limite para contratação: 15/12
  • Taxa de juros: a partir de 2,82% ao mês
  • Limite financiado: até 75% do valor a restituir, limitado a R$ 30 mil
  • Data limite para contratação: até 30/11
  • Taxa de juros: variam de acordo com o relacionamento com o cliente
  • Limite financiado: de R$ 200 a R$ 5.000 (clientes varejo e Uniclass) e R$ 200 a R$ 10.000 (clientes Personallité)
  • Data limite para contratação: até 30/9
  • Taxa de juros: entre 2,59% e 4,59% ao mês
  • Limite financiado: até 100% do valor a restituir, limitado a R$ 20 mil
  • Data limite para contratação: até 31/10

Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade)
Segundo ele, o aumento nos calotes deixou os bancos mais seletivos na hora de liberar crédito. Como a linha de antecipação do IR tem uma garantia, que é a restituição do IR, os bancos emprestam esse dinheiro com mais facilidade. "Para o banco, é uma operação com menor risco."
Por isso, os juros são mais baixos. "A antecipação de restituição cobra juros, na média, entre 3% e 3,5% ao mês, enquanto o empréstimo tradicional tem taxa média de 4,63% ao mês (dados da Anefac em junho)", diz Oliveira.
O banco adianta a quantia pedida pelo cliente. O limite é o que ele tem para receber de restituição do Imposto de Renda, mas cada banco também pode estipular um limite máximo (veja condições abaixo). É preciso ser cliente e ter indicado o banco para receber a restituição do IR.
Esse empréstimo é quitado, normalmente, quando o cliente recebe a restituição oficial da Receita, que fica com o banco. Se a restituição não sai, o cliente tem que quitar o valor no fim do contrato --em dezembro, para a maioria dos bancos e em janeiro, no Banco do Brasil.
O risco é o contribuinte cair na malha fina do IR. Nesse caso, ele não recebe a restituição que estava esperando, mas mesmo assim precisa pagar o banco ou contratar um novo empréstimo.
André Massaro, educador financeiro
Vale a pena, por exemplo, para uma pessoa que está com dívidas no cheque especial ou no cartão de crédito, porque elas têm taxas de juros muito mais altas.
Não vale a pena pegar esse dinheiro para investir, por exemplo, pois os juros cobrados na operação são muito superiores ao rendimento das aplicações.
Segundo Massaro, só com muita sorte um investidor consegue um retorno de 1% líquido (já descontadas as taxas e IR) do investimento. A caderneta de poupança rende 0,5% ao mês, mais TR.
Fonte:economia.uol.com.br

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