Embora a internet tenha se popularizado muito no Brasil durante os últimos anos, há ainda grandes bolsões desconectados no país, principalmente em áreas rurais e interioranas do Norte e Nordeste. De olho nessa demanda não atendida, chegou ao Brasil a companhia norte-americana Hughes, que promete conexão de alta velocidade e estável via satélite. O valor do serviço, no entanto, ainda é alto se comparado ao praticado pelos principais players do país e mais ainda na comparação com as ofertas precárias que existem nessas regiões onde GVT, NET e outras não chegam, como a via rádio.
Assim como nos Estados Unidos, no Brasil a Hughes vai operar na banda Ka, faixa na qual os satélites de alta capacidade trabalham com um custo mais baixo, além de receber os mesmos padrões globais de qualidade. A HughesNet cobrirá 80% do território nacional na primeira fase de implementação, chegando a 4 mil municípios no primeiro ano de atuação. Até 2018, a companhia pretende ampliar o atendimento para 90% e, até 2020, passar a atuar em 100% do território nacional, com apoio do OneWeb, projeto de ampla cobertura com satélites de baixa órbita.
Modelo de negócio e preço
Como a empresa pretende enfrentar a concorrência no país com um preço tão acima da média do mercado?Se o foco são justamente as áreas desassistidas ou mal assistidas pelos serviços atuais (na maioria, regiões mais pobres do país), esse preço vai ser viável?
De modo geral, à parte da questão "preço", o que a HUGHES apresenta como diferencial para o mercado brasileiro?
A tecnologia utiliza franquia de dados, que varia de acordo com o plano contratado. Caso o usuário alcance o limite, a velocidade é reduzida, porém a internet não é suprimida. O consumidor ainda tem a opção de adquirir a franquia adicional, por meio de um dos canais de venda. Os planos da HughesNet variam entre 10 Mega e 20 Mega de velocidade, no plano residencial (a partir de R$ 249,90 mensais), e de 15 Mega a 25 Mega de velocidade, no plano empresarial (a partir de R$ 459,90 mensais).
Rafael Guimarães, presidente da HUGHES no Brasil, conversou com o Administradores sobre a chegada da empresa ao Brasil. Leia abaixo:
Nosso serviço, pelo menos neste primeiro momento, não vai competir com outros serviços existentes. O objetivo da HughesNet é oferecer internet de alta velocidade em locais que não possuem nenhuma tecnologia ou então, possuem tecnologias inferiores, como por exemplo, o rádio. Entramos no mercado de banda larga via satélite com um preço justo. Nos locais mal assistidos em que a HughesNet vai atender, em muitos casos, o serviço de banda larga oferecido é mais caro que nossos pacotes e com qualidade bem inferior.
É preciso entender que a população que não tem internet está divida em duas fatias: a que tem poder aquisitivo e a que não tem. A HughesNet, nesse momento, chega para conectar a fatia da população que não tem internet, mas tem poder aquisitivo. Sendo que nosso público alvo são residências e pequenas e médias empresas das classes A e B. Atualmente, estamos na primeira fase de implementação do serviço com cobertura de 80% da população, na qual chegamos a 4 mil municípios espalhados por 21 estados brasileiros. Em 2018, chegaremos a 90% do País e, em 2020, a 100% da população, com o projeto OneWeb.
A HughesNet oferece sinal de banda larga de forma ubíqua, isto é, se a pessoa estiver dentro da área de cobertura, a HughesNet consegue mantê-la conectada. Isto é possível porque o serviço é via satélite e opera na Banda Ka, faixa na qual os satélites de alta capacidade trabalham com um custo mais baixo. A HughesNet no Brasil tem os mesmos padrões globais de qualidade do mesmo serviço já estabelecida nos EUA, onde é referência no ranking das principais prestadoras do serviço do FCC (Federal Communications Commissions) por cumprir a performance divulgada aos consumidores. Além disso, entregamos 100% do pacote contratado, diferente do mínimo de 30% exigido pela Anatel.
Fonte:www.administradores.com.br
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