Pular para o conteúdo principal

Dólar sobe forte, perto de R$ 3,60

Na véspera, moeda avançou 1,45%, cotada a R$ 3,49 na venda.Em 2016, dólar acumula queda de 11%.

O dólar sobe forte nesta terça-feira (3), acompanhando a piora do cenário externo e maior aversão a risco sobretudo nos mercados emergentes, após dados ruins sobre a China. Ajudava também a atuação do Banco Central, que realizou leilão de swaps cambiais reversos -equivalentes à compra futura de dólares- mais cedo. Além disso, o cenário político continua no radar do mercado.
A aversão a risco refletia os dados da atividade industrial da China, que encolheu pelo 14º mês seguido em abril, mostrando fragilidade da segunda maior economia do mundo. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit da China recuou para 49,4, contra expectativa do mercado de 49,9 e ante 49,7 em março.
A aversão ao risco também era alimentada pelos preços o petróleo, que ampliavam as perdas e caíam mais de 2% nesta sessão, por preocupações com o aumento da produção no Oriente Médio e no Mar do Norte, renovando os receios em torno do excesso de oferta global. Com isso, o dólar também ampliava a alta em relação a moedas de países como o México e Chile.

A cena política seguia no radar dos investidores. Na véspera, Henrique Meirelles, ex-presidente do BC e já indicado para comandar o ministério da Fazenda num provável governo de Michel Temer, disse que é preciso reverter a trajetória da dívida pública e ter claro o que é preciso fazer para o país sair do atual ciclo econômico negativo. Na próxima semana, o Senado vota o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff.

Intervenção do BC

No mercado local, a atuação do BC também ajudava a puxar o dólar. Nesta manhã, vendeu 9,8 mil swaps cambiais reversos da oferta total de até 20 mil contratos. Com a piora no cenário externo, que acentuou a alta do dólar no Brasil, o BC não anunciou, até o momento, novo leilão para tentar colocar o restante dos contratos não vendidos na primeira tranche, como fez recentemente.

Nos dois pregões anteriores, o BC havia voltado a atuar com mais força no mercado de câmbio após o dólar ir abaixo de R$ 3,45. Para muitos especialistas, o BC não quer a moeda abaixo de R$ 3,50 para não prejudicar as exportações e, assim, as contas externas do país.
Na véspera, o dólar subiu 1,45%, vendido a R$ 3,49. No acumulado de 2016, o dólar tem desvalorização de 11%. Só em março e em abril, as quedas mensais acumuladas foram de 10,17% e 4,34%, respectivamente.
Um decreto presidencial elevou de 0,38% para 1,1% a alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado na compra de dólar e outras moedas estrangeiras em espécie.
Fonte:http://g1.globo.com

    Comentários

    Postagens mais visitadas deste blog

    BC vê inflação menor em 2017 e cenário de corte mais intenso na Selic

    O Banco Central passou a ver inflação menor em 2017, ainda mais abaixo do centro da meta oficial, e também deixou claro que vai fazer uma "intensificação moderada" no ritmo de corte dos juros básicos diante da desinflação mais difundida. "A consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom", informou BC nesta quinta-feira ao publicar seu Relatório Trimestral de Inflação. Desde que iniciou o ciclo de afrouxamento, em outubro do ano passado, o BC já reduziu a Selic em 2 pontos percentuais, aos atuais 12,25 por cento ao ano. Foram dois cortes iniciais de 0,25 ponto e depois dois de 0,75 ponto. "Essa 'intensificação moderada' sinaliza que ele (BC) provavelmente está pensando num c...

    Frango: Exportação de maio avança sobre abril, mas continuam em queda na comparação anual

    Os preços do frango vivo iniciaram a semana estáveis. Em São Paulo os preços permanecem inalterados em R$ 2,50/kg, há quinze dias. Nas praças mineiras a média das negociações com o animal vivo está em R$ 2,40/kg. "Há expectativa de retomada do movimento de alta na próxima semana, período que conta com maior apelo ao consumo. Além disso, é importante ressaltar que os custos de produção no decorrer deste ano seguem menos expressivos se comparado a 2016, portanto é possível ampliar as receitas mesmo com preços mais baixos no mercado”, diz o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Exportações As exportações de carne de frango 'in natura' na primeira semana de maio (cinco dias úteis) apresentaram ligeiro avanço em relação ao mês anterior. No acumulado do período foram embarcados 65,5 mil toneladas, com média diária de 16,4 mil/t. Esse resultado representa avanço de 0,4% frente ao mesmo período de março/16. Já em relação maio/16, as exportações ...

    ENTRA EM VIGOR NOVO REGIME DE DRAWBACK INTEGRADO ISENÇÃO

       Entrou em vigor, nesta segunda-feira (21/2), a Portaria nº 8, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior (MDIC), que implementa o novo regime de Drawback Integrado Isenção. O objetivo é tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional, incentivando as exportações.    O regime de Drawback consiste na desoneração de impostos sobre insumos vinculados à exportação de produtos acabados. A modalidade Drawback Integrado Isenção é aquela que permite a isenção ou redução a zero de impostos para a reposição de mercadoria equivalente à utilizada na industrialização de produto já exportado. A isenção alcança o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a Contribuição para o PIS/PASEP, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), a Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação.    Com as novas regras, a empr...