Pular para o conteúdo principal

7 em cada 10 brasileiros desejam flexibilidade no trabalho

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada em março de 2016, apontou que sete em cada dez brasileiros gostariam de ter flexibilidade de horário no trabalho.
A pesquisa, que contou com 2002 entrevistados em 140 municípios brasileiros, mostra que 38% dos profissionais com emprego formal possuem flexibilidade de horário de entrada e saída. Já os que realizam atividades informais, esse número sobe para 76%.
O home office ou locais alternativos são o desejo de 73% dos entrevistados. Além disso, 53% gostaria de dividir as férias em mais períodos; 58% gostariam de reduzir o horário do almoço para saírem mais cedo; 63% gostariam de trabalhar mais horas por dia em troca de folgas semanais, como por exemplo trabalhar 10 horas ou 9 horas por dia e folgar ou trabalhar meio período na sexta; e 62% gostariam de receber o vale-transporte em dinheiro.
Quando questionados sobre a crise, 43% dos entrevistados realizariam acordos de redução de jornada e salário para manutenção do emprego, caso necessário, já 54% não aceitariam.
O desejo da flexibilidade da carga horária dos profissionais brasileiros pode estar ligado a busca pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional. “A qualidade de vida das pessoas está em alinhar o trabalho com a vida pessoal, trazendo realização nos dois âmbitos”, afirma José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching - IBC.
Ainda de acordo com Marques, as pessoas buscam tempo para resolver questões pessoais, fazer atividades físicas, cuidar da alimentação, ampliar seus relacionamentos, aprimorar seus conhecimentos (estudos), e até mesmo empreender. “Há àqueles profissionais que possuem um emprego formal, mas buscam uma renda extra, e a flexibilidade de horário contribui para a realização dessa atividade”, explica.

Flexibilidade X Produtividade

A grande preocupação das empresas em oferecer flexibilidade de horário e local de trabalho, está na manutenção da produtividade. “O brasileiro trabalha mais horas que o americano e produz seis vezes menos, segundo uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho, o que pode gerar desconforto para as empresas quando se fala em flexibilidade”, afirma José Roberto Marques.
Por outro lado, Marques acredita que implementando uma cultura de alta performance, com foco e comprometimento dos profissionais, pode-se sim realizar acordos de flexibilidade quanto ao local e horários de trabalho. “O profissional deve enxergar isso como um benefício, e se valer de suas atribuições para conquistá-lo. Estar focado 100% no desempenho de suas funções durante a jornada de trabalho é muito importante”, cita o presidente do IBC.

Liderança X Flexibilidade

Os acordos de redução de jornada, flexibilidade de horário, diluição de férias, devem ser realizados diretamente com o líder e repassados ao departamento de Recursos Humanos.
Nesse sentido, o líder é peça fundamental para que isso ocorra ou não. Ele deve estar ciente de todas as atividades realizadas pelos profissionais, bem como dos resultados esperados pela organização.
"Líderes, com habilidades de Coaching, se destacam porque além de conhecer os diferentes perfis comportamentais presentes no ambiente corporativo, também entendem que os tempos mudaram, ou seja, que é preciso acompanhar as novas gerações de profissionais e buscar conciliar o modelo tradicional com um mais flexível e atual”, ressalta Marques.
Vale lembrar que algumas questões como estas esbarram em leis trabalhistas, o que deve ser visto com cuidado com o departamento de Recursos Humanos, bem como algumas organizações não permitem esse tipo de flexibilidade por motivos de turnos e atividades desempenhadas.
Fonte:http://www.administradores.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trabalhar com o que ama ou com o que dá dinheiro?

Habitualmente, a resposta é a própria pergunta. Trabalhe com o que ama, usufruindo de suas vocações e o dinheiro será a consequência. Se você ama sua carreira, já tem metade do que precisa profissionalmente. E considerar: talento, vocação, propósitos e valores; capacitar-se; ter equilíbrio emocional; encontrar oportunidades, estar pronto para assumi-las e as valorizar: mais 50%. É um todo matemático que torna grande a probabilidade de dar certo (alcançar lucros e rentabilidade). Porém sabemos que não é fácil. E ao falarmos de partes, metades e conjuntos, devemos somar, subtrair e pesar certos pontos. Precisamos pensar além do "habitual". Sonhos e decepções Desde criança somos condicionados a imaginar "o que queremos ser quando crescer". Os anos passam. Nos descobrimos, somos contagiados por experiências, vivências e contaminados bombardeadamente por responsabilidades. Tão explosivas às vezes, que acabamos adiando, atrasando e até mesmo, perdendo nossos sonhos ...

BC vê inflação menor em 2017 e cenário de corte mais intenso na Selic

O Banco Central passou a ver inflação menor em 2017, ainda mais abaixo do centro da meta oficial, e também deixou claro que vai fazer uma "intensificação moderada" no ritmo de corte dos juros básicos diante da desinflação mais difundida. "A consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom", informou BC nesta quinta-feira ao publicar seu Relatório Trimestral de Inflação. Desde que iniciou o ciclo de afrouxamento, em outubro do ano passado, o BC já reduziu a Selic em 2 pontos percentuais, aos atuais 12,25 por cento ao ano. Foram dois cortes iniciais de 0,25 ponto e depois dois de 0,75 ponto. "Essa 'intensificação moderada' sinaliza que ele (BC) provavelmente está pensando num c...

Saiba a diferença entre corretoras de investimentos e bancos

Quando pensamos em começar a investir, as primeiras dúvidas que surgem são:  Como faço isso? Qual o melhor caminho? Converso com a gerente do meu banco ou procuro uma corretora? Respondendo a primeira pergunta, para começar a investir, é preciso contar com ajuda de um intermediário, que nada mais é do que alguém que pegue o dinheiro e coloque nos investimentos escolhidos. Quem pode fazer isto é o próprio banco, ao qual já é correntista, ou as corretoras. Uma corretora de investimentos nada mais é do uma ferramenta que vai apresentar mais alternativas porque possuem habilidades necessárias para identificar e buscar no mercado financeiro as melhores opções. Depois de apresentá-las ao interessado, aplicam a quantia em um fundo escolhido. Essas consultorias funcionam basicamente da mesma forma que os bancos, respeitam as mesmas regras, mas oferecem apenas produtos de investimentos, ou seja, não oferecem conta corrente, produtos de crédito, financiamento e etc. Começar a ...