Pular para o conteúdo principal

Relatório do Orçamento confirma corte de gastos e retração do PIB

Relatório de receitas e despesas foi divulgado nesta terça-feira (1º).
Governo mantém previsão de queda de 2,9% para o PIB em 2016.

O governo confirmou nesta terça-feira (1º), por meio do relatório de receitas e despesas do Orçamento de 2016, o corte de R$ 23,4 bilhões em gastos e também a estimativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) terá uma retração de 2,9% neste ano, além de uma previsão de inflação de 7,1%.
No relatório, o governo confirmou que considera o valor de R$ 12 bilhões no Orçamento deste ano por conta da contabilização de precatórios (pagamentos que a União, estados e municípios têm que fazer a pessoas ou empresas após decisão judicial) como superávit primário.

Recentemente, o governo enviou ao Congresso Nacional projeto de lei que permite que os valores não sacados pelos beneficiários possam ser convertidos em superávit primário.
Além disso, também estima o ingresso de R$ 22,7 bilhões referentes a receita de concessões já realizadas pelo Governo Federal e R$ 8,2 bilhões de novas concessões.
"Destaca‐se que, em janeiro de 2016, já foram arrecadados R$ 11,05 bilhões referentes à primeira parcela do leilão de usinas hidrelétricas realizado em novembro de 2015, estando prevista arrecadação da segunda parcela no mês de julho de 2016, no valor de R$ 6,4 bilhões", acrescentou.
Déficit do INSS
Ao mesmo tempo, o governo também revisou para cima a estimativa de déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, em relação ao projeto de lei orçamentária que foi divulgado no ano passado.
Na época, a previsão do governo era de um resultado negativo (pagamento de benefícios acima das receitas previdenciárias) de R$ 124,9 bilhões para a Previdência Social este ano. No relatório divulgado nesta terça, a expectativa de rombo subiu para R$ 129,95 bilhões - valor que já constava no Orçamento deste ano.
No ano passado, segundo o governo, foi contabilizado um déficit de R$ 85,81 bilhões (diferença entre as receitas e o pagamento de benefícios previdenciários), ou 1,5% do PIB, contra um resultado negativo de R$ 56,69 bilhões - o equivalente a 1% do PIB - em 2014.
A piora foi de R$ 29,12 bilhões de um ano para o outro e rombo subiu em 51%.O déficit do INSS de 2015 foi o maior valor nominal (R$ 85 bilhões), mas, em proporção com o PIB, ficou abaixo do patamar registrado de 2004 a 2007.
O governo pretende enviar nos próximos meses uma proposta de reforma da Previdência Social ao Congresso. Até lá, pretende discutir no fórum da Previdência, que é composto por representantes do governo, dos trabalhadores (centrais sindicais), dos aposentados e dos empregadores, sete pontos.
São eles: demografia e idade média das aposentadorias; financiamento da Previdência Social: receitas, renúncias e recuperação de créditos; diferença de regras entre homens e mulheres; pensões por morte; previdência rural: financiamento e regras de acesso; regimes Próprios de Previdência; e convergência dos sistemas previdenciários.
Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trabalhar com o que ama ou com o que dá dinheiro?

Habitualmente, a resposta é a própria pergunta. Trabalhe com o que ama, usufruindo de suas vocações e o dinheiro será a consequência. Se você ama sua carreira, já tem metade do que precisa profissionalmente. E considerar: talento, vocação, propósitos e valores; capacitar-se; ter equilíbrio emocional; encontrar oportunidades, estar pronto para assumi-las e as valorizar: mais 50%. É um todo matemático que torna grande a probabilidade de dar certo (alcançar lucros e rentabilidade). Porém sabemos que não é fácil. E ao falarmos de partes, metades e conjuntos, devemos somar, subtrair e pesar certos pontos. Precisamos pensar além do "habitual". Sonhos e decepções Desde criança somos condicionados a imaginar "o que queremos ser quando crescer". Os anos passam. Nos descobrimos, somos contagiados por experiências, vivências e contaminados bombardeadamente por responsabilidades. Tão explosivas às vezes, que acabamos adiando, atrasando e até mesmo, perdendo nossos sonhos ...

BC vê inflação menor em 2017 e cenário de corte mais intenso na Selic

O Banco Central passou a ver inflação menor em 2017, ainda mais abaixo do centro da meta oficial, e também deixou claro que vai fazer uma "intensificação moderada" no ritmo de corte dos juros básicos diante da desinflação mais difundida. "A consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom", informou BC nesta quinta-feira ao publicar seu Relatório Trimestral de Inflação. Desde que iniciou o ciclo de afrouxamento, em outubro do ano passado, o BC já reduziu a Selic em 2 pontos percentuais, aos atuais 12,25 por cento ao ano. Foram dois cortes iniciais de 0,25 ponto e depois dois de 0,75 ponto. "Essa 'intensificação moderada' sinaliza que ele (BC) provavelmente está pensando num c...

Saiba a diferença entre corretoras de investimentos e bancos

Quando pensamos em começar a investir, as primeiras dúvidas que surgem são:  Como faço isso? Qual o melhor caminho? Converso com a gerente do meu banco ou procuro uma corretora? Respondendo a primeira pergunta, para começar a investir, é preciso contar com ajuda de um intermediário, que nada mais é do que alguém que pegue o dinheiro e coloque nos investimentos escolhidos. Quem pode fazer isto é o próprio banco, ao qual já é correntista, ou as corretoras. Uma corretora de investimentos nada mais é do uma ferramenta que vai apresentar mais alternativas porque possuem habilidades necessárias para identificar e buscar no mercado financeiro as melhores opções. Depois de apresentá-las ao interessado, aplicam a quantia em um fundo escolhido. Essas consultorias funcionam basicamente da mesma forma que os bancos, respeitam as mesmas regras, mas oferecem apenas produtos de investimentos, ou seja, não oferecem conta corrente, produtos de crédito, financiamento e etc. Começar a ...