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Lojistas abandonam imóveis em meio à crise; veja antes e depois

Comércio dá lugar a placas e degradação perto de fábrica da GM.
Fabricante demitiu funcionários em São Caetano do Sul, no ABC Paulista.

Imóvel onde funcionava comércio de vinho é desocupado nas imediações de fábrica da GM, em São Caetano do Sul, no ABC (Foto: Marcelo Brandt/G1 e Google Street View)Imóvel onde funcionava comércio de vinho em 2011 é desocupado nas imediações de fábrica da GM, em São Caetano do Sul, no ABC, em fevereiro deste ano (Foto: Marcelo Brandt/G1 e Google Street View)A cidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, coleciona placas de "vende-se" e "aluga-se" em frente a imóveis comerciais. Antes ocupados por restaurantes, padarias e lojas de automóveis com fachadas chamativas, os estabelecimentos estão de portas fechadas, à espera de interessados em abrir um novo negócio.
O que se vê nas ruas foi confirmado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (3): os serviços e a indústria vão mal. O primeiro, que sempre respondeu por boa parte do Produto Interno Bruno (PIB), recuou 2,7% em 2015, em comparação com o ano anterior. Já a indústria amargou uma queda de 6,2%, puxada pela retração de quase 8% do setor de construção.
“As pessoas deixaram de consumir em um cenário de desemprego e queda da massa salarial. Vimos muitas lojas fechando as portas neste período”, avalia a professora de economia da Fecap, Juliana Inhasz.
Nos arredores da fábrica da General Motors está a maior parte dos imóveis vazios com placas de imobiliárias. Em crise, a sede da montadora demitiu centenas de funcionários desde o ano passado e colocou boa parte deles em lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho).
A crise da GM teve reflexos no comércio da cidade de 160 mil habitantes. O dono de um desses imóveis na avenida Visconde de Inhaúma, uma das mais movimentadas, conta que perdeu sua locatária em janeiro. Após seis meses de aluguel atrasado e queda no movimento, a proprietária da loja de móveis deixou o estabelecimento.
Uma vendedora de um quiosque de bebidas de açaí na mesma avenida conta que as vendas caíram quase pela metade no último verão. “No ano passado, eu vendia cerca de 90 copos por dia. Agora vendo no máximo 50”, diz.

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