As previsões para a economia
brasileira voltaram a piorar na semana passada: os economistas do mercado
financeiro aumentaram sua estimativa para o comportamento da inflação neste
ano, ao mesmo tempo que vêem um "encolhimento" ainda maior da
economia brasileira em 2015 e estimaram uma alta maior da taxa básica de juros
– fixada pelo Banco Central.
PREVISÕES
PARA O IPCA 2015
Em %
7,337,477,777,938,128,138,28,138,238,258,26em
%20/227/26/316/320/327/32/410/417/0424/0430/0487,257,57,758,258,5
Fonte: BC
As previsões foram feitas na
semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (4) pela autoridade monetária,
que realizou pesquisa com mais de 100 bancos.
A expectativa dos economistas
dos é que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) fique em 8,26% neste ano – na semana anterior, a taxa esperada era de
8,25% para 2015. Para 2016, a previsão dos economistas para o IPCA ficou
estável em 5,6%.
Se confirmada, a previsão do
mercado para a inflação de 2015 (de 8,26%) atingirá o maior patamar desde 2003,
quando ficou em 9,3%. A expectativa oficial do governo para a inflação deste
ano, divulgada recentemente por meio do projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias, está em 8,2%. A equipe econômica informou, na ocasião, que está
utilizando as previsões do mercado financeiro em seus documentos.
Segundo economistas, a alta
do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia,
combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015.
Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de
salários, segue elevada.
Produto
Interno Bruto
Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro baixaram sua previsão, na semana passada, para uma retração de 1,18%, contra a estimativa anterior de uma queda de 1,10% em 2015. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro baixaram sua previsão, na semana passada, para uma retração de 1,18%, contra a estimativa anterior de uma queda de 1,10% em 2015. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
O PIB é a soma de todos os
bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da
nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia
brasileira. Para 2016, o mercado manteve sua previsão de alta do PIB em 1%.
No fim de março, o IBGE
informou que a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014. Em valores correntes
(em reais), a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 5,52
trilhões, e o PIB per capita (por pessoa) caiu a R$ 27.229. Esse é o pior
resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou
0,2%.
PREVISÕES
PARA O PIB
Em %
-0,5-0,58-0,66-0,78-0,83-1-1,01-1,01-1,03-1,1-1,18em
%20/227/26/313/320/327/32/410/417/0424/0430/04-1,2-1-0,8-0,6-0,4-1,4
Fonte: BC
Taxa
de juros
Após o Banco Central ter subido os juros para 13,25% ao ano na semana passada, o maior patamar em seis anos, o mercado passou a prever um aumento maior dos juros em 2015. A expectativa passou a ser de uma taxa de 13,50% ao ano no fim deste ano – o que pressupõe um novo aumento de 0,25 ponto percentual na taxa Selic em 2015.
Após o Banco Central ter subido os juros para 13,25% ao ano na semana passada, o maior patamar em seis anos, o mercado passou a prever um aumento maior dos juros em 2015. A expectativa passou a ser de uma taxa de 13,50% ao ano no fim deste ano – o que pressupõe um novo aumento de 0,25 ponto percentual na taxa Selic em 2015.
A taxa básica de juros é o
principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo
sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para
atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o
consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.
Câmbio,
balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 permaneceu em R$ 3,20 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 3,30 por dólar.
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 permaneceu em R$ 3,20 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 3,30 por dólar.
A projeção para o resultado
da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações)
em 2015 recuou de US$ 4,17 bilhões para US$ 4,02 bilhões de resultado positivo.
Para 2016, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 9,95 bilhões.
Para este ano, a projeção de
entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil subiu de US$ 57 bilhões
para US$ 57,5 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte
permaneceu estável em US$ 60 bilhões.
Fonte:g1.globo.com
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