Pular para o conteúdo principal

Estoques de soja dos EUA subirão com maior competição do Brasil e Argentina, diz USD

WASHINGTON (Reuters) - Os estoques finais de soja dos Estados Unidos devem aumentar em 43 por cento no ano comercial 2015/16, apesar de uma queda na produção, já que a commodity norte-americana enfrenta uma competição cada vez maior no mercado de exportações, especialmente do produto do Brasil e da Argentina, afirmou o governo dos EUA nesta terça-feira.
Em sua primeira estimativa sobre a situação dos estoques para o ano comercial 2015/16, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) projetou um estoque final de soja norte-americana em 500 milhões de bushels --ante 350 milhões de bushels da safra 2014/15.
A cifra superou as expectativas dos analistas, que eram de um estoque final de 443 milhões de bushels para a safra 2015/16.
"Quinhentos milhões de bushels choca um pouco", opinou Karl Setzer, analista da MaxYield Cooperative. “Fazia anos que não víamos um número desses. Não estou muito empolgado com a soja no momento, não vejo muita esperança para ela".
O mercado futuro da soja na bolsa de Chicago, que chegou a operar em alta durante a manhã desta terça-feira, foi impactado depois da publicação do relatório. O contrato julho perdeu cerca de 10 centavos de dólar quando a informação chegou ao pregão, atingindo uma mínima de quase um mês. O vencimento terminou em baixa de 1,8 por cento, a 9,555 dólares por bushel.
A previsão de produção norte-americana de soja do USDA para 2015/16 é de 3,850 bilhões de bushels, ligeira queda em comparação ao 3,969 bilhões do período 2014/15, resultante da queda na produtividade esperada.
BRASIL, ARGENTINA
As exportações de soja norte-americana devem cair de 1,8 bilhão para 1,775 bilhão de bushels. Também se prevê que as exportações brasileiras subam de 45,65 para 49,75 milhões de toneladas, e as argentinas passem de 8 para 8,5 milhões de toneladas.
A safra brasileira 15/16, plantada no segundo semestre, foi estimada em um recorde de 97 milhões de toneladas. [nE6N0X4018]
A USDA ainda disse em seu relatório mensal sobre oferta e demanda que os estoques domésticos finais de milho para 2015/16 serão de 1,746 bilhão de bushels, diminuição em relação ao 1,851 bilhão da safra 2014/15.
Os estoques finais de trigo dos EUA para 2015/16 foram estimados em 793 milhões de bushels, mais do que o esperado e um aumento em comparação aos 709 milhões de bushels de 2014/15. A USDA afirmou que a produção de trigo norte-americana será de 2,087 bilhões de bushels.
A produção de trigo de inverno dos EUA foi calculada em 1,472 bilhão de bushels, meros 2 milhões acima das expectativas dos negociadores.
Os futuros do milho em Chicago <0#C:> fecharam em sua maioria em alta e os do trigo <0#W:> tiveram queda, em sua maioria.

Foi estimado que os estoques finais de soja do mundo para 2015/16 crescerão de 85,54 milhões para 96,22 milhões de toneladas. Os estoques finais de milho do mundo devem diminuir para 191,94 milhões de toneladas, e os de trigo devem subir para 203,32 milhões de toneladas.

                                                                    Fonte: economia.uol.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BC vê inflação menor em 2017 e cenário de corte mais intenso na Selic

O Banco Central passou a ver inflação menor em 2017, ainda mais abaixo do centro da meta oficial, e também deixou claro que vai fazer uma "intensificação moderada" no ritmo de corte dos juros básicos diante da desinflação mais difundida. "A consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom", informou BC nesta quinta-feira ao publicar seu Relatório Trimestral de Inflação. Desde que iniciou o ciclo de afrouxamento, em outubro do ano passado, o BC já reduziu a Selic em 2 pontos percentuais, aos atuais 12,25 por cento ao ano. Foram dois cortes iniciais de 0,25 ponto e depois dois de 0,75 ponto. "Essa 'intensificação moderada' sinaliza que ele (BC) provavelmente está pensando num c...

Frango: Exportação de maio avança sobre abril, mas continuam em queda na comparação anual

Os preços do frango vivo iniciaram a semana estáveis. Em São Paulo os preços permanecem inalterados em R$ 2,50/kg, há quinze dias. Nas praças mineiras a média das negociações com o animal vivo está em R$ 2,40/kg. "Há expectativa de retomada do movimento de alta na próxima semana, período que conta com maior apelo ao consumo. Além disso, é importante ressaltar que os custos de produção no decorrer deste ano seguem menos expressivos se comparado a 2016, portanto é possível ampliar as receitas mesmo com preços mais baixos no mercado”, diz o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Exportações As exportações de carne de frango 'in natura' na primeira semana de maio (cinco dias úteis) apresentaram ligeiro avanço em relação ao mês anterior. No acumulado do período foram embarcados 65,5 mil toneladas, com média diária de 16,4 mil/t. Esse resultado representa avanço de 0,4% frente ao mesmo período de março/16. Já em relação maio/16, as exportações ...

ENTRA EM VIGOR NOVO REGIME DE DRAWBACK INTEGRADO ISENÇÃO

   Entrou em vigor, nesta segunda-feira (21/2), a Portaria nº 8, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior (MDIC), que implementa o novo regime de Drawback Integrado Isenção. O objetivo é tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional, incentivando as exportações.    O regime de Drawback consiste na desoneração de impostos sobre insumos vinculados à exportação de produtos acabados. A modalidade Drawback Integrado Isenção é aquela que permite a isenção ou redução a zero de impostos para a reposição de mercadoria equivalente à utilizada na industrialização de produto já exportado. A isenção alcança o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a Contribuição para o PIS/PASEP, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), a Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação.    Com as novas regras, a empr...