Relatório do IPCC aponta os países
pobres como os mais vulneráveis à mudança do clima.
As mudanças climáticas já afetam
todos os continentes e a maioria dos oceanos. Essa é a conclusão apresentada
pelo Grupo de Trabalho II do Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC, sigla em inglês). A afirmação foi divulgada em um relatório
que trata dos impactos, adaptação e vulnerabilidades, dia 6 de abril, em
Bruxelas, Bélgica.
A principal mudança identificada é o
aumento da temperatura em todas as regiões analisadas. Todo o planeta terá
perdas significativas na produtividade de alimentos, redução da disponibilidade
de água e de florestas, aumento da incidência de doenças e problemas de saúde.
O IPCC atribui à ação antropogênica (do homem) todas essas alterações.
O relatório é considerado por
ambientalistas – e por alguns pesquisadores – incompleto, pois não inclui
vetores como incêndios florestais e desmatamentos na análise. Apesar disso, o
quadro é preocupante. De acordo com o relatório, o grupo que reúne cerca de 2,5
mil cientistas atribuiu um índice de 80% de certeza que os sistemas
hidrológicos mundiais já foram afetados pelas mudanças ambientais. Há também
entre 90% e 100% de certeza que o aquecimento global mudou hábitos de uma ampla
variedade de espécies animais, como a alteração de seu fluxo migratório. O
mesmo índice de certeza é atribuído à alteração na passagem das estações do
ano: a chegada da primavera acontece mais cedo e os períodos de calor se
tornaram mais extensos.
Impacto profundo
Nosso planeta está passando por
mudanças drásticas que afetam diretamente nossa maneira de produzir, consumir e
interagir com a natureza e nossos semelhantes. Nos últimos 150 anos a
temperatura do Planeta aumentou em 0,75ºC, o oceano se elevou de 10 a 20cm e
sua temperatura aumentou em 0,36ºC até 300m de profundidade, a espessura da
cobertura de gelo do Ártico diminuiu em 40% e as geleiras terrestres vêm se
retraindo de forma contínua. Como entender essas mudanças?
Desde a sua fundação, a FBDS vem
tratando desse tema nos aspectos fundamentais e na solução dos problemas, tendo
contribuído para aprimorar as negociações nacionais e internacionais que se
desenvolveram desde 1992. Reúne equipes multidisciplinares para antecipar as
questões centrais, principalmente no que toca aos ecossistemas brasileiros,
reunidas em bancos de dados especializados onde são relatados os principais
impactos.
Um novo tipo de empresa tem surgido no cenário internacional. Socialmente responsável, preocupada com questões ambientais, estas organizações incluem em seus planejamentos estratégicos questões muito mais abrangentes do que as tradicionais metas econômico-financeiras.
Um novo tipo de empresa tem surgido no cenário internacional. Socialmente responsável, preocupada com questões ambientais, estas organizações incluem em seus planejamentos estratégicos questões muito mais abrangentes do que as tradicionais metas econômico-financeiras.
São corporações preocupadas com sua
inserção no meio onde operam que buscam levar em conta necessidades e
preocupações de todos os seus públicos de interesse – clientes, empregados,
comunidades, governo, parceiros, fornecedores. E mais: visam a criação de valor
ao acionista no longo prazo.
Entre outras características podemos
citar a transparência frente a investidores, padrões de governança elevados e a
gestão de recursos humanos orientada pela capacitação e satisfação de seus
funcionários.
O sucesso deste tipo de empresa é
constantemente apontado por investidores nos EUA e na Europa, que, há algum
tempo, passam a analisar em suas prospecções, os índices e relatórios de
sustentabilidade, além de outros indicadores, divulgados pelas Bolas de Nova
York e Londres.
A FBDS acredita ser importante
fomentar esta nova postura das corporações brasileiras e vem desenvolvendo
formas de parceria, buscando auxiliar as empresas a identificar oportunidades e
implantar novas práticas. Responsabilidade social corporativa é um projeto de
estratégia, gestão corporativa e postura perante a sociedade, para o qual a
FBDS está habilitada a ajudá-lo.
O relatório apresentado contêm as
projeções de efeitos que o aquecimento global causará em diversas regiões. Elas
foram agrupadas dada seguinte maneira: África, Ásia, Austrália e Nova Zelândia,
Europa, América Latina, América do Norte, regiões polares e pequenas ilhas. De
forma geral, todas essas localidades sentirão os impactos. Dependendo de sua
capacidade de adaptação às mudanças do clima e vulnerabilidades, cada um os
sentirá com intensidade diferente.
Outra certeza dos cientistas é que as
nações pobres serão as mais prejudicadas por sua dificuldade em adaptar-se.
Assim, a África é apontada no relatório como uma das regiões mais vulneráveis
ao aquecimento global. De acordo com o climatologista e membro brasileiro do
IPCC Carlos Nobre, esse é um enorme problema ético. “Todos os países africanos,
somados, contribuiram cerca de 2% das emissões de gases de efeito estufa. Agora
eles serão os mais prejudicados”, explica.
Para o IPCC, dependendo do cenário,
entre 75 e 250 milhões de pessoas naquele continente sofrerão com secas e falta
de alimento até 2020.
Na América Latina, o principal efeito
do aquecimento global será a savanização da região oeste da floresta amazônica,
por volta de 2050. O Nordeste brasileiro, caracterizado pela caatinga, poderá
se tornar uma região árida. O relatório destaca ainda os esforços dos países da
região para conservar os ecossistemas, mas limita os resultados que serão
obtidos devido a fatores como a falta de informações básicas consistentes,
capacidade de aplicação de políticas públicas, ocupação em áreas vulneráveis às
mudanças climáticas, entre outros.
Fonte:seagro.com.br
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