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EMPRESÁRIAS TURCAS E BRASILEIRAS AVALIAM POTENCIAL DO COMÉRCIO BILATERAL

   Empresárias turcas e brasileiras estiveram reunidas hoje, no Dia Internacional da Mulher, para compartilhar experiências sobre comércio exterior e empreendedorismo feminino, em encontro promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação de Empresários e Industriais da Turquia (Tuskon).
   No evento, a coordenadora-geral de Desenvolvimento de Programas de Apoio às Exportações do MDIC, Cândida Maria Cervieri, destacou o potencial de crescimento nas relações comerciais bilaterais. “Os dois países têm muito a alcançar nos dois mercados e há um potencial de crescimento do intercâmbio comercial tanto em percentual, quanto em volume”, avaliou. Cândida listou setores em que este potencial é maior. Para as exportações brasileiras, existem boas oportunidades para produtos de celulose, siderurgia, plásticos, máquinas e carnes. Já a Turquia poderia explorar melhor as chances de vender mais ao Brasil autopeças, produtos siderúrgicos, máquinas, e fios e fibras têxteis e sintéticos.
   A empresária Yüksel Işik Nalbant, que chefiou a primeira delegação composta exclusivamente por empresárias turcas da Tuskon, disse que vê o Brasil como “a principal porta de entrada para a Turquia na América Latina”. Ela falou sobre a escolha do destino da visita. “Havia algumas opções para essa viagem e o Brasil era o mais distante. Mas isso não nos intimidou”, disse. Yüksel declarou que tem uma grande admiração pela presidenta Dilma Rousseff e fez questão de solicitar às autoridades brasileiras que a informassem que a delegação de empresárias turcas havia vindo ao Brasil.
   O encontro empresarial partiu de uma iniciativa da secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres, que chefiou uma missão empresarial à Turquia, em outubro do ano passado, e que convidou as empresárias turcas para se reunirem com as brasileiras. A missão comercial à Turquia resultou em exportações brasileiras no valor de US$ 16,950 milhões, com rodadas de negócios realizadas em Istambul.

Empreendedorismo Feminino   As empresárias turcas e brasileiras também trocaram informações e experiências sobre o papel da mulher no mundo dos negócios e nas relações comerciais internacionais. Ambos os lados entendem que os dois países evoluíram muito em relação ao tema recentemente, mas que ainda há desafios a serem superados.
   A diretora de Planejamento e Gestão da Apex-Brasil, Regina Silvério, apresentou um levantamento que mostra que, no universo das 12 mil empresas exportadoras atendidas pela entidade, apenas 22% delas contam com mulheres em cargos de liderança. “Esse número mostra que ainda há muito espaço para ser conquistado pelas mulheres”, analisou. No encontro, realizado no edifício sede da CNI, houve um almoço cultural, seguido de desfile de roupas e joias brasileiras, promovido pela Capital Fashion Week.

Intercâmbio Comercial
   Em janeiro de 2013, as vendas brasileiras à Turquia tiveram crescimento de 83,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, somando US$ 82,77 milhões. Os principais produtos comercializados, no período, foram: minérios de ferro (US$ 28,887, representando 34,9% do total vendido); bovinos vivos (US$ 12,167 milhões, 14,7%); café cru em grão (US$ 6,104 milhões, 7,4%); fumo em folhas (US$ 4,305 milhões, 5,2%); e algodão em bruto (US$ 4,164 milhões, 5%).
   Já em relação às importações brasileiras do mercado turco, em janeiro deste ano, cresceram 18,6% na comparação com o mesmo período de 2012. As mercadorias mais adquiridas foram: fios de fibras têxteis, sintéticas ou artificiais (US$ 17,662 milhões, correspondente a 25,9% do total); partes e peças para veículos automóveis e tratores (US$ 9,597 milhões, 14,1%); cimentos hidráulicos (US$ 2,464 milhões, 3,6%), construções e partes de ferro, ferro fundido ou aço (US$ 3,450 milhões, 6%); e fio-máquinas e barras de ferro ou aço (US$ 1,704 milhão, 2,5%).
Fonte: MDIC

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