Pular para o conteúdo principal

CUSTO PRESSIONOU INDÚSTRIA EM 2012 E REDUZIU MARGEM DE LUCRO


   A margem de lucro da indústria foi reduzida em 2012, segundo informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a instituição, isso ocorreu porque o crescimento dos custos industriais, que foi de 6,3%, foi maior que o crescimento dos preços praticados pelas empresas, que aumentou 4,9% no ano passado.No último trimestre de 2012, entretanto, houve uma interrupção na tendência de queda da margem de lucro, segundo avaliação da CNI. Isso porque, pela primeira vez nos últimos seis trimestres, os preços (6,8%) cresceram mais que os custos (6,1%), na comparação com o mesmo período de 2011. A CNI divulgou nesta quinta-feira, 14, o indicador dos custos industriais de 2012. O aumento de 6,3%, segundo a instituição, se deve principalmente ao crescimento do custo de produção, que subiu 8,3% se comparado a 2011. Esse é o maior crescimento anual desde 2008, quando a taxa de crescimento foi de 8,6%. A elevação, em 2012, foi puxada principalmente pelo aumento do custo com pessoal, que foi de 10,8%.
   O custo tributário, que também é considerado na pesquisa, cresceu 5,6% no ano passado em relação a 2011. Mas quando a comparação é do último trimestre de 2012 com o terceiro trimestre do mesmo ano, a pesquisa aponta redução de 0,8%. Para a CNI, essa queda é resultado das medidas tomadas pelo governo para reduzir a carga tributária da indústria, como a desoneração da folha de pagamentos e a redução do IPI.
   O indicador leva em conta, ainda, o custo do capital de giro, que caiu 24,8% em 2012, quando comparado ao ano anterior. Foi a redução nas taxas de juros, segundo a CNI, que evitou "novamente" que os custos industriais crescessem com maior intensidade. "Os resultados referentes ao quarto trimestre de 2012 sugerem que o crescimento dos custos industriais está perdendo força", destaca o documento. Na comparação com o mesmo período de 2011, a taxa de crescimento caiu de 8,0% no terceiro trimestre para 6,1% no quarto. A CNI aponta que o resultado está ligado à perda de ritmo de crescimento do custo com pessoal e com insumos importados, além da queda nos custos tributário e de capital de giro.

Câmbio.

   A CNI avalia que a desvalorização do real permitiu que indústria brasileira registrasse "um ganho significativo de competitividade" no ano passado. Mas, no último trimestre de 2012, os números "dão sinais de desaquecimento do processo de ganho de competitividade". Segundo a instituição, isso se deve, "em boa parte, à interrupção do movimento de desvalorização do real ocorrida no fim de 2012".
   O comportamento recente da taxa de câmbio sugere, de acordo com a CNI, sua perda de importância no processo de recuperação da competitividade da indústria. "A manutenção desse processo em 2013 demanda a intensificação de ações que promovam a redução do Custo Brasil: tanto os custos de produção da indústria, como os custos sistêmicos da economia brasileira", conclui o documento.
Fonte: MDIC

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trabalhar com o que ama ou com o que dá dinheiro?

Habitualmente, a resposta é a própria pergunta. Trabalhe com o que ama, usufruindo de suas vocações e o dinheiro será a consequência. Se você ama sua carreira, já tem metade do que precisa profissionalmente. E considerar: talento, vocação, propósitos e valores; capacitar-se; ter equilíbrio emocional; encontrar oportunidades, estar pronto para assumi-las e as valorizar: mais 50%. É um todo matemático que torna grande a probabilidade de dar certo (alcançar lucros e rentabilidade). Porém sabemos que não é fácil. E ao falarmos de partes, metades e conjuntos, devemos somar, subtrair e pesar certos pontos. Precisamos pensar além do "habitual". Sonhos e decepções Desde criança somos condicionados a imaginar "o que queremos ser quando crescer". Os anos passam. Nos descobrimos, somos contagiados por experiências, vivências e contaminados bombardeadamente por responsabilidades. Tão explosivas às vezes, que acabamos adiando, atrasando e até mesmo, perdendo nossos sonhos ...

BC vê inflação menor em 2017 e cenário de corte mais intenso na Selic

O Banco Central passou a ver inflação menor em 2017, ainda mais abaixo do centro da meta oficial, e também deixou claro que vai fazer uma "intensificação moderada" no ritmo de corte dos juros básicos diante da desinflação mais difundida. "A consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom", informou BC nesta quinta-feira ao publicar seu Relatório Trimestral de Inflação. Desde que iniciou o ciclo de afrouxamento, em outubro do ano passado, o BC já reduziu a Selic em 2 pontos percentuais, aos atuais 12,25 por cento ao ano. Foram dois cortes iniciais de 0,25 ponto e depois dois de 0,75 ponto. "Essa 'intensificação moderada' sinaliza que ele (BC) provavelmente está pensando num c...

Saiba a diferença entre corretoras de investimentos e bancos

Quando pensamos em começar a investir, as primeiras dúvidas que surgem são:  Como faço isso? Qual o melhor caminho? Converso com a gerente do meu banco ou procuro uma corretora? Respondendo a primeira pergunta, para começar a investir, é preciso contar com ajuda de um intermediário, que nada mais é do que alguém que pegue o dinheiro e coloque nos investimentos escolhidos. Quem pode fazer isto é o próprio banco, ao qual já é correntista, ou as corretoras. Uma corretora de investimentos nada mais é do uma ferramenta que vai apresentar mais alternativas porque possuem habilidades necessárias para identificar e buscar no mercado financeiro as melhores opções. Depois de apresentá-las ao interessado, aplicam a quantia em um fundo escolhido. Essas consultorias funcionam basicamente da mesma forma que os bancos, respeitam as mesmas regras, mas oferecem apenas produtos de investimentos, ou seja, não oferecem conta corrente, produtos de crédito, financiamento e etc. Começar a ...