Pular para o conteúdo principal

COOPERATIVAS EXPORTAM MAIS DE US$ 5 BILHÕES PELA PRIMEIRA VEZ

Brasília (18 de novembro) – Pela primeira vez em um ano, as exportações das cooperativas brasileiras passaram do patamar dos US$ 5 bilhões e alcançaram o valor de US$ 5,141 bilhões. As vendas do setor, no acumulado anual de 2011 (janeiro-outubro), já ultrapassaram o total exportado em 2010 (US$ 4,417 bilhões) e também os valores registrados nos anos anteriores da série histórica iniciada em 2005. Nos primeiros dez meses de 2011, as exportações apresentaram crescimento de 34,6% sobre igual período de 2010 e a participação do setor na pauta de exportações brasileira está em 2,4%.
   Nas importações das cooperativas, também houve crescimento de 32,5% sobre igual período do ano passado e as compras somam US$ 284 milhões no acumulado deste ano, com participação de 0,3% no total das aquisições do país no exterior. Com estes resultados, a balança comercial das cooperativas apresenta saldo positivo de US$ 4,857 bilhões nos primeiros dez meses, resultado recorde para o período superando em 34,7% o de 2010, quando atingiu US$ 3,606 bilhões. A corrente de comércio acumulada foi também a melhor da série, com US$ 5,425 bilhões e expansão de 34,5% em relação ao período de janeiro a outubro de 2010.

Estados
   Nos dez meses de 2011, São Paulo foi o estado com maior valor de exportações de cooperativas, com US$ 1,716 bilhão, representando 33,4% do total das exportações deste segmento. Em seguida aparecem: Paraná (US$ 1,696 bilhão, 33%); Minas Gerais (US$ 666,8 milhões, 13%); Rio Grande do Sul (US$ 331,4 milhões, 6,5%); e Santa Catarina (US$ 248,9 milhões, 4,8%).
   O Paraná foi o estado com maior valor de importações via cooperativas, com US$ 115,4 milhões, representando 40,6% do total das importações deste segmento. Em seguida aparecem: Santa Catarina (US$ 68,1 milhões, 24,0%); São Paulo (US$ 46,6 milhões, 16,4%); Rio Grande do Sul (US$ 20,1 milhões, 7,1%); Goiás (US$ 15,7 milhões, 5,5%).

Produtos
   Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas, entre janeiro e outubro de 2011, se destacaram: açúcar refinado (com vendas de US$ 902,5 milhões, representando 17,6% do total exportado pelas cooperativas); soja em grãos (US$ 663,1 milhões, 12,9%); café em grãos (US$ 623,7 milhões, 12,1%); e açúcar em bruto (US$ 596,3 milhões, 11,6%).
   Já entre os produtos adquiridos pelas cooperativas, os principais, no período, foram: diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 24,7 milhões, 8,7%); cevada cervejeira (US$ 23,8 milhões, 8,4%); ureia com teor de nitrogênio (US$ 22,3 milhões, 7,8%); malte não torrado (US$ 17,9 milhões, 6,3%); nitrato de amônio (US$ 13,3 milhões, 4,7%).

Mercados
   No acumulado do ano, o principal mercado de destino dos produtos das cooperativas brasileiras foi a China, com vendas de US$ 661 milhões, representando 12,9% do total. Em seguida, aparecem: Emirados Árabes Unidos (US$ 497,2 milhões, 9,7%); Estados Unidos (US$ 483,5 milhões, 9,4%); Alemanha (US$ 384,9 milhões, 7,5%); e Países Baixos (US$ 265,1 milhões, 5,2%).
   As cooperativas adquiriram insumos, principalmente, de Argentina (compras de US$ 43,2 milhões, representando 15,2% do total); Alemanha (US$ 36,9 milhões, 13,0%); Rússia (US$ 35,6 milhões, 12,6%); Estados Unidos (US$ 24,6 milhões, 8,7%); Paraguai (US$ 21,8 milhões, 7,7%).
Fonte: MDIC

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BC vê inflação menor em 2017 e cenário de corte mais intenso na Selic

O Banco Central passou a ver inflação menor em 2017, ainda mais abaixo do centro da meta oficial, e também deixou claro que vai fazer uma "intensificação moderada" no ritmo de corte dos juros básicos diante da desinflação mais difundida. "A consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom", informou BC nesta quinta-feira ao publicar seu Relatório Trimestral de Inflação. Desde que iniciou o ciclo de afrouxamento, em outubro do ano passado, o BC já reduziu a Selic em 2 pontos percentuais, aos atuais 12,25 por cento ao ano. Foram dois cortes iniciais de 0,25 ponto e depois dois de 0,75 ponto. "Essa 'intensificação moderada' sinaliza que ele (BC) provavelmente está pensando num c...

Frango: Exportação de maio avança sobre abril, mas continuam em queda na comparação anual

Os preços do frango vivo iniciaram a semana estáveis. Em São Paulo os preços permanecem inalterados em R$ 2,50/kg, há quinze dias. Nas praças mineiras a média das negociações com o animal vivo está em R$ 2,40/kg. "Há expectativa de retomada do movimento de alta na próxima semana, período que conta com maior apelo ao consumo. Além disso, é importante ressaltar que os custos de produção no decorrer deste ano seguem menos expressivos se comparado a 2016, portanto é possível ampliar as receitas mesmo com preços mais baixos no mercado”, diz o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Exportações As exportações de carne de frango 'in natura' na primeira semana de maio (cinco dias úteis) apresentaram ligeiro avanço em relação ao mês anterior. No acumulado do período foram embarcados 65,5 mil toneladas, com média diária de 16,4 mil/t. Esse resultado representa avanço de 0,4% frente ao mesmo período de março/16. Já em relação maio/16, as exportações ...

ENTRA EM VIGOR NOVO REGIME DE DRAWBACK INTEGRADO ISENÇÃO

   Entrou em vigor, nesta segunda-feira (21/2), a Portaria nº 8, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior (MDIC), que implementa o novo regime de Drawback Integrado Isenção. O objetivo é tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional, incentivando as exportações.    O regime de Drawback consiste na desoneração de impostos sobre insumos vinculados à exportação de produtos acabados. A modalidade Drawback Integrado Isenção é aquela que permite a isenção ou redução a zero de impostos para a reposição de mercadoria equivalente à utilizada na industrialização de produto já exportado. A isenção alcança o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a Contribuição para o PIS/PASEP, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), a Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação.    Com as novas regras, a empr...