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ARGENTINOS QUEREM COTAS PARA CARNE SUÍNA BRASILEIRA

   A Federação Agrária Argentina (FAA), uma das mais combativas associações ruralistas do país, exigiu que o governo da presidente Cristina Kirchner aplique um sistema de cotas para a entrada de carne suína brasileira. Segundo o líder da Federação, Eduardo Buzzi, caso o governo não aplique cotas os ruralistas marcharão à fronteira com o Brasil para evitar a entrada de caminhões com carne suína. "Estamos dispostos a brecar os caminhões que entrem na Argentina com leitões", disse Buzzi, famoso por sua capacidade de mobilização desde que entre 2008 e 2099 foi um dos principais protagonistas dos protestos ruralistas contra o governo Kirchner.
   Buzzi afirmou que a presidente Cristina "primeiro fala em acrescentar valor e depois abre o "porcoduto", que liquida os pequenos e os médios produtores suínos". O líder ruralista alertou: "Vamos ficar de vigias, para que não deixem que entrem porcos que afetem nossos produtores nacionais."
Preocupação:
    A Federação sustenta que está ocorrendo uma invasão de polpa suína brasileira no país e afirma que a importação nos primeiros dois meses deste ano foi de 11 mil toneladas (80% a mais do que no mesmo período do ano passado), volume substancialmente superior à marca de 4 mil toneladas do ano passado.
Outros dados, do Serviço Nacional Sanitário e de Qualidade Agroalimentar (Senasa) indicam que as importações no primeiro bimestre de 2011 chegaram a 9,5 mil toneladas, quase o dobro do mesmo período de 2010. "Estamos preocupados pois ficamos sabendo que nas últimas semanas os frigoríficos locais estão trazendo polpa de leitão do Brasil. É preciso dar uma brecada nesta manobra comercial, caso contrário será um atentado contra as possibilidades de nossos pequenos e médios produtores irem para a frente", afirmou Ciriaco Fortuna, diretor da Comissão de Produtores Suínos da FAA. Segundo a Federação, o Ministério da Agricultura da Argentina "tomará providências" sobre o caso. A FAA também indicou que a resolução do conflito passará pela Secretaria de Comércio Interior, comandada pelo controvertido Guillermo Moreno, famoso por diversas medidas protecionistas que impediram a entrada de vários produtos Made in Brazil na Argentina nos últimos dois anos.
Invasão:
   O setor suíno argentino tem uma longa história de confrontos com os produtores de porcos do lado brasileiro da fronteira. A briga começou em 1997, durante o governo do então presidente Carlos Menem, quando os produtores locais começaram a reclamar sobre supostas "invasões" de suínos brasileiros em terras argentinas. Na época, os argentinos chegaram ao ponto de acusar os brasileiros de fornecerem milho subsidiado como alimentos aos suínos. Além disso, em diversas ocasiões fizeram piquetes nas estradas próximas à fronteira para impedir a passagem dos caminhões que transportavam carne suína proveniente do Brasil. No entanto, a carne suína saiu da longa lista de produtos "sensíveis" após a virada do século, já que entre 2001 e 2003, com a crise econômica argentina, a importação despencou e os produtores locais recuperaram o mercado de suínos. Mas, o novo crescimento das importações suínas provenientes do Brasil desde o ano passado está despertando novos sentimentos protecionistas entre os produtores.

Porco pesado:11 mil toneladas foi quanto a Argentina importou de carne suína do Brasil nos primeiros dois meses deste ano. 80 % foi quanto cresceu a importação de 2010 para 2011.
Fonte: Federasul

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