EXCELÊNCIA DA SAFRA ANIMA PRODUTORES GAÚCHOS

A soja está com preço maior do que no ano passado, chegando a R$ 50,00 a saca de 50 quilos, ante os R$ 36,00 em 2010. O que fez o preço da soja subir foi incremento de comprar por parte da China, aliado à quebra de safras ao redor do mundo. “E como milho está com preço bom nos Estados Unidos, há uma concorrência direta e por isso os preços estão elevados”, explica o consultor da Safras e Cifras, Sandro Elias. A orientação para os produtores é trabalhar com conceito de margem, saber os custos de produção e quanto é uma margem satisfatória, quando chegar ao preço ideal em relação ao custo, indica-se fazer a venda. Sobre os custos de produção, Elias diz que tanto para soja quanto para o milho estão se mantendo semelhantes aos da safra passada, sem aumento significativo. Os custos, sem considerar arrendamento, estão cotados entre R$ 1,2 mil e R$ 1,3 mil por hectare no caso da soja e no milho oscilam entre R$ 2 mil e R$ 2,2 mil por hectare. “Com essa previsão de safra cheia, vai ser um ano de capitalização do produtor”, destaca Elias. No caso do milho, apesar da redução de área que chegou nessa safra a 4,91% no Rio Grande do Sul, os resultados da lavoura também são satisfatórios. A produtividade média deve chegar a 4.701 quilos por hectare, 4,2% a menos do que os 4.907 quilos colhidos em 2010. Dados preliminares, divulgados recentemente pela Emater, apontam a colheita de 5,146 milhões de toneladas, 8,56% a menos do que em 2010. “Acredito que essa queda pode se reverter, pois ainda estamos colhendo”, ressalta o assistente técnico da Emater em milho Dulphe Pinheiro Machado Neto. Segundo ele, as lavouras estão em ótimo estado devido ao uso de mais recursos tecnológicos a campo e também pelo fato de o clima ter ajudado. O consultor da Safras e Cifras avalia que os preços do milho também têm se mantido em patamares superiores, se traçado um comparativo com o mesmo período da safra passada quando foram registrados valores muito baixos, em torno R$ 16,00 a R$ 17,00. Os valores atualmente chegam a R$ 22,00, basicamente por questões macroeconômicas, pelo aumento do consumo norte-americano para a transformação de milho em etanol e também por quebra de safra na Rússia e outros países.
Fonte: Jornal do Comércio
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